De Grupo City a altitude: Ceni planeja estreia do Bahia na Libertadores #ÚltimasNotícias #Brasil

Primeiro brasileiro a jogar a CONMEBOL Libertadores na história, o Bahia volta ao principal torneio da América do Sul na posição que ninguém gostaria: obrigado a atuar na altitude de mais de 3,6 mil metros de La Paz, na Bolívia.

Nesta terça-feira (18), o Tricolor enfrenta o O mais forteàs 21h30 (de Brasília), com a missão de conseguir um resultado que lhe permita carimbar a classificação à terceira fase daqui uma semana, em Salvador. O planejamento está todo traçado para isso, conforme explicado por Rogério Ceni.

O técnico do Bahia concedeu entrevista exclusiva à ESPN para falar dos planos do Bahia para a disputa da Libertadores. A programação começou bem antes, por sinal, com a viagem dos goleiros Danilo Fernandes e Marcos Felipe para a capital boliviana quatro dias antes do restante da delegação.

O objetivo era deixá-los mais adaptados aos efeitos da altitude e evitar surpresas durante a partida. O plano só foi possível graças à parceria com o Grupo City, que, além do Bahia, tem também o Bolívar entre os clubes de seu cartel espalhado pelo mundo.

“Goleiro não cansa durante o jogo. A ausência de oxigênio não faz o goleiro cansar, mas o tempo da bola, o chute de média distância, cruzamento e todo o resto muda. O adversário vai tentar chutar de todo lugar. Passar 4 ou 5 dias antes treinando pode minimizar esse feito”, explicou Ceni.

Como um ex-goleiro que já atuou na altitude, Ceni sabe o que o ar rarefeito pode fazer. Essa experiência de Libertadores é compartilhada por outros jogadores do elenco, sobretudo Everton Ribeiro, que foi campeão do torneio em 2019 e 2022 pelo Flamengo.

Essa vivência na competição, na visão do técnico, pode colaborar para que o Bahia consiga administrar a dificuldade de atuar em La Paz.

“É tentar se adaptar à altitude e trazer um resultado para ser possível conquistar a classificação. Não é impossível vencer a altitude, mas é um jogo complicado. Não é só 11 contra 11, o padrão normal. É tentar superar as dificuldades para passar a um outro mata-mata. Seria de vital importância para a história do Bahia”, projetou Ceni.

O treinador vai para a “fase 3” de seu trabalho no Tricolor. Após livrar a equipe do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2023 e classificar o time à Libertadores em 2024, a meta é dar um passo além. Não é hora de se falar em disputar o maior título da América, mas a campanha de agora é talvez um início de construção para colher frutos no futuro.

“A gente espera continuar evoluindo, apesar dos times estarem se reforçando muito. A tendência, conhecendo o projeto, é que o Bahia tenha capacidade de estar mais vezes na Libertadores, ganhando experiência para um dia disputar títulos, chegar nesse patamar de ser um candidato a títulos”.