Maio 30, 2025
Derrota da extrema-direita em eleições na Polônia e Romênia traz alívio para a União Europeia – CartaCapital

Derrota da extrema-direita em eleições na Polônia e Romênia traz alívio para a União Europeia – CartaCapital

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A ascensão da extrema-direita na Europa passou por um grande teste nas eleições deste domingo 18 na Polônia e Romênia, os dois países mais populosos do Leste Europeu.

Na Romênia, a apuração trouxe uma surpresa: vitória do prefeito de Bucareste, Nicusor Danque concorreu à presidência como independente, apoiado por uma ampla coalizão centrista. Na Polônia, por sua vez, o candidato pró-Europa Rafal Trzaskowskiprefeito da capital Varsóvia, foi o mais votado e vai disputar o segundo turno no dia 1º de junho.

Os resultados dessas duas eleições têm impacto direto sobre o futuro da democracia na Europa. A derrota da extrema-direita na Romênia, por exemplo, fortalece a coesão da União Europeia e mantém o apoio romeno à Ucrânia. Na Polônia, por sua vez, a abordagem pró-UE em voga com a gestão do primeiro-ministro Donald Tusk deve ser fortalecida se o centrista Trzaskowski confirmar o favoritismo visto no primeiro turno.

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Eleição mais importante da história

A vitória do centrista Nicusor Dan na Romênia foi confirmada com cerca de 54% dos votos. Ele superou o nacionalista George Simion que obteve 46% dos votos apurados.

Considerada a eleição mais importante da história pós-comunista do país, a vitória de Dan é atribuída à alta participação popular, incluindo votos da diáspora romena, estimada em seis milhões de pessoas. A taxa de comparecimento no segundo turno foi de quase 65%, dez pontos percentuais a mais em relação ao primeiro turno.

Matemático com formação na Sorbonne, Dan fundou o partido União Salve a Romênia (USR) em 2016, mas deixou a legenda posteriormente. Pró-Europa e pró-Otan, defende a continuidade da assistência à Ucrânia e o aprofundamento das relações com Bruxelas. É descrito como metódico e calmo, com trajetória marcada pelo combate à corrupção e à especulação imobiliária. Apresentou-se como alternativa a um candidato de extrema-direita que, segundo ele, poderia desestabilizar o país.

Nos últimos dias de campanha, Dan afirmou que a eleição representava uma escolha entre “uma Romênia democrática, estável e respeitada na Europa” e “um caminho perigoso de isolamento, populismo e desrespeito ao Estado de Direito”.

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Após a divulgação do resultado, George Simion — admirador de Donald Trump e nostálgico do ditador Nicolae Ceausescu — alegou fraude eleitoral e afirmou que seus apoiadores estão prontos para protestar. Ele reivindica a vitória no pleito.

Nova rodada em junho

Desde o retorno de Donald Tusk ao cargo de primeiro-ministro, em 2023, a Polônia tem se reaproximado da União Europeia. Tusk tenta restaurar a ordem constitucional e jurídica do país, após oito anos de governo do partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), marcado por retrocessos democráticos.

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Nesse contexto, o candidato da Coalizão Cívica (PO) e prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, 53, venceu o primeiro turno das eleições presidenciais com mais de 30% dos votos. Durante a campanha, prometeu liberalizar as leis sobre aborto, proteger os direitos LGBTQIA+, ampliar os gastos com defesa e combater a inflação.

A eleição é considerada um teste crucial para o governo pró-UE, que enfrenta o avanço do populismo no país. Trzaskowski enfrentará no segundo turno, em 1º de junho, o historiador nacionalista Karol Nawrocki, apoiado pelo PiS e considerado o candidato favorito de Donald Trump.

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Com o slogan “Polônia primeiro, poloneses primeiro”, Nawrocki tenta atrair o voto dos eleitores contrários à presença de mais de um milhão de refugiados ucranianos no país.

Às vésperas da votação, Tusk acusou “hackers russos” de ataques cibernéticos contra sites de partidos da coalizão governista. Com a guerra na Ucrânia, a Polônia reforçou sua posição estratégica no flanco oriental da Otan e se tornou uma das principais vozes da região contra a agressão russa.

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