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Hoje é dia de Finados. Data para lembrar e homenagear quem já partiu e deixou muita saudade.
No Brasil, na tradição cristã, as pessoas costumam visitar as sepulturas de seus entes queridos, enfeitando-as com flores, além de acender velas e fazer orações para os que já partiram.
Povos tradicionais de terreiro e povos indígenas têm rituais fúnebres diversos e podem envolver diferentes elementos, como música, dança, comida, flores, velas, oferendas, orações e vestimentas.
Mestre em Ciências da religião pela Universidade Federal de Sergipe, Claudio Sabojinan explica que os rituais de celebração da passagem entre vida e morte cumprem lugar de continuidade e de encontro com a finitude da vida.
Babalorixá do terreiro Ilê Axé Omolúàbi, na região metropolitana de Aracaju, Sabojinan explica que, no candomblé, a cerimônia fúnebre se dedica a qualquer iniciado e envolve vestimentas brancas, cânticos, folhas e muito segredo para celebrar quem partiu.
Para os povos indígenas no Brasil, os rituais fúnebres também são extremamente sagrados. Junior Hekurari Yanomami vive na comunidade da região do Surucucu, município de Alto Alegre, em Roraima.
Ele conta que quando um parente morre, levam-se meses celebrando a sua passagem. O corpo é cremado, as cinzas são guardadas e distribuídas nas aldeias, para que cada um faça festa para chorar o morto e enterre as cinzas em um novo ritual.
A psicóloga carioca Antônia Simone Gomes trabalha há mais de 35 anos com os temas morte e luto. Para a especialista, rituais e cerimônias existem para ajudar a lidar com a perda, expressar o luto, honrar a memória e celebrar a vida.
Para quem for saudar seus mortos ou ancestrais neste dia de Finados, os especialistas aconselham a honrar e celebrar as boas memórias e os ensinamentos aprendidos em vida.
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