Março 20, 2025
Dólar à vista fecha em queda após alta da véspera e com cessar-fogo da Ucrânia o radar | Finanças

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O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira em queda, em um dia em que os agentes financeiros corrigiram parte do movimento de ontem, afastando o temor de uma recessão nos Estados Unidos. Um possível cessar-fogo na Ucrânia deu também suporte para as moedas de mercados emergentes (em especial da Europa), após Kiev concordar com o plano proposto pelos Estados Unidos. Também ajudou a tirar força do dólar globalmente a notícia de que o presidente americano, Donald Trump, poderá reduzir as tarifas anunciadas recentemente sobre o Canadá.

No fim das negociações do mercado “spot”, o dólar à vista exibiu queda de 0,68%, cotado a R$ 5,8116, depois de encostar na mínima de R$ 5,8036 e bater na máxima de R$ 5,8480. Já o euro comercial registrou valorização de 0,10%, a R$ 6,3457. No exterior, o índice DXY caía 0,55%, perto do fechamento, operando aos 103,402 pontos. O dólar ainda recuava 2,46% ante rublo russo, 1,08% ante a coroa norueguesa e 0,81% ante a coroa tcheca.

Depois de o dólar ganhar força consistente contra moedas de mercados emergentes ontem, em meio ao temor crescente sobre uma recessão americana, hoje parte da dinâmica foi desfeita. Operadores entenderam que ainda é cedo para colocar no preço dos ativos uma recessão nos Estados Unidos.

“Os comentários do Trump [sobre a economia americana estar em transição] assustaram, mas por enquanto não há sinais de que a economia esteja neste caminho”, diz um gestor.

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O economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, diz que não está claro se vai haver uma desaceleração leve da economia americana ou uma recessão, o que está mais visível é que houve uma piora nas perspectivas e na confiança dos americanos diante das políticas econômicas incertas de Trump, e isso está se refletindo nos preços dos ativos.

“Há uma mudança nas expectativas por conta das incertezas criadas nas políticas do governo Trump, principalmente na questão tarifária”, afirma. “Trump faz anúncios, depois volta atrás, depois faz novos anúncios e volta novamente atrás. Esse tipo de movimento já começa a afetar o lado real da economia, com empresas reavaliando ideias de crescimento; revendo a demanda dos próximos meses; reavaliando decisões de investimentos”, complementa.

Lima também lembra que discussões efetivas sobre desregulamentação setoriais não estão ocorrendo no mesmo ritmo que as discussões sobre as tarifas. “Isso tem batido bastante nas expectativas. Os indicadores mostram uma perda de confiança diante desse cenário, e isso pode levar a uma desaceleração mais forte da economia”, diz.

Ao longo da manhã desta terça-feira, o presidente dos Estados Unidos disse que instruiu seu secretário de Comércio a adicionar uma tarifa adicional de 25% sobre todo o aço e alumínio importado do Canadá para os Estados Unidos, elevando a tarifa total sobre esses produtos para 50%. Isso bastou para pesar em alguns mercados, em especial o acionário. Na parte da tarde, porém, Trump disse que provavelmente reduzirá as tarifas contra o Canadá, após a província mais populosa do país (Ontário) concordar em suspender a sobretaxa de 25% sobre toda a exportação de energia para os Estados Unidos.

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Lima, da Western, também diz que a incerteza da política americana que venha a levar a uma desaceleração econômica pode resultar em mais corte de juros pelo Fed. Isso, com a economia europeia podendo reagir (principalmente por conta de um possível pacote fiscal alemão), pode significar um dólar mais fraco frente às moedas de mercados desenvolvidos.

“No caso dos emergentes, o cenário é mais complexo, porque é preciso entender até que ponto a desaceleração da economia americana vai afetar os preços das commodities. Se afetar muito as commodities, há maior impacto nas moedas de mercados emergentes”, diz. “Pode ser, então, que o real não deprecie tanto frente ao dólar, mas deprecie frente a outras moedas de mercados desenvolvidos.”

A sessão desta terça-feira também foi marcada pela notícia de que a Ucrânia aceitou o acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos. Após o anúncio, o rublo russo passou a se valorizar consistentemente, assim como moedas do leste europeu. Para o economista da Western, a retirada de algum temor do radar beneficia principalmente os ativos ligados a riscos. “Um possível fim da guerra pode tirar incertezas sobre as dinâmicas econômicas na Europa, então é importante para a região. Para mercados emergentes, como um todo, é favorável porque você passa a ter um ambiente com queda de risco”, afirma.

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