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O que estão compartilhando: que o jornal Folha de S. Paulo publicou uma notícia cujo título é “Apenas dois negros e nenhum LGBTQIA+. Veja quem são os favoritos para ser o novo Papa.”
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O jornal negou ter publicado uma reportagem com esse título. Há evidências de falsidade na manchete fraudulenta, como incongruências com o padrão da Folha. O veículo escreve “papa” com letra minúscula e não coloca ponto final em títulos.

É falso que Folha tenha publicado que apenas ‘dois negros e nenhum LGBT’ são cotados para ser papa Foto: Reprodução/Instagram
A linha-fina da reportagem encontrada contém a mesma frase que aparece na postagem falsa: “Dos 135 votantes, 108 chegaram ao Vaticano no último papado; relação com 12 nomes mais cotados é dominada por europeus, além de ter asiáticos e africanos”.
O Verificar buscou por versões anteriores dessa notícia no WayBack Machine, ferramenta de arquivamento de páginas.
A plataforma salvou sete versões da notícia entre os dias 21 e 22 de abril deste ano. A mais antiga, salva às 13h19 do dia 21, mostra o seguinte título: “Saiba quem são cardeais apontados como favoritos para suceder papa Francisco; não há brasileiros na lista”. A linha-fina é exatamente a mesma que aparece nas postagens virais.
A reportagem foi atualizada em 22 de abril às 13h32. O título e a linha-fina foram alterados para a versão atual. Na URL (endereço da página), é possível perceber que as palavras ainda remetem ao título original: saiba-quem-sao-cardeais-apontados-como-favoritos-para-suceder-papa-francisco-nao-ha-brasileiros-na-lista.
Um indício de manipulação da manchete compartilhada nas redes é a incongruência com o manual de redação da Folha. O jornal escreve “papa” com letra inicial minúscula (veja exemplos aqui, aqui e aqui). Na falsificação que têm circulado, a palavra está escrita com letra maiúscula.
Outra evidência de falsidade é o ponto final no título. Tradicionalmente, veículos de imprensa não costumam finalizar manchetes e títulos com a pontuação. A Folha de S. Paulo segue o mesmo padrão.
Nesta quinta-feira, 24, o jornal desmentiu o conteúdo fraudulento. O mesmo material foi verificado também pelas agências de checagem Boatos.org e AFP Checamos.
Como lidar com postagens do tipo: manipular títulos e manchetes de veículos de imprensa é uma tática comum de desinformação. Para verificar a autenticidade, busque a notícia no jornal mencionado. A ausência de resultados é uma evidência significativa de falsidade.
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