Morreu neste sábado (8), aos 94 anos, a economista Maria da Conceição de Almeida Tavares. Portuguesa de Aveiro, Conceição Tavares iniciou sua formação em Engenharia, na Universidade de Lisboa, se graduando depois em Matemática.
Em 1954, fugindo da ditadura salazarista, ela se mudou para o Brasil, onde iniciou a curso porquê estatística no Instituto Pátrio de Imigração e Colonização. Naturalizou-se brasileira em 1957 e, nesse mesmo ano, matriculou-se no curso de Economia da atual Universidade Federalista do Rio de Janeiro.
Sua curso no país foi marcada pela passagem pelo Banco Pátrio de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Percentagem Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Publicou vários livros que contribuíram para a formação de gerações de economistas. Em 1998 foi laureada com o Prêmio Jabuti pela reconhecida taxa ao pensamento econômico no Brasil.
Conceição Tavares lecionou no Instituto de Economia da Unicamp, onde ajudou a implantar os cursos de mestrado e doutorado. E influenciou vários economistas e líderes políticos, entre eles José Serra, Luciano Coutinho, e Luiz Gonzaga Belluzzo.
O professor William Baghdassarian, do IBMec Brasília, Instituto Brasiliano de Mercado de Capitais, falou sobre o legado de Conceição Tavares:
Conceição Tavares também teve grande envolvimento político, sendo uma das mentoras econômicas do PMDB, no período pre-redemocrarização. A economista também influenciou a elaboração do Projecto Cruzado, durante o governo Sarney e foi uma das vozes mais críticas do Projecto Real. Na dezena de 1990, se elegeu deputada federalista pelo PT do Rio de Janeiro.
Na conta pessoal do X, o presidente Lula registrou que Maria da Conceição Tavares foi uma economista que nunca esqueceu a política e a resguardo de um desenvolvimento econômico com justiça social.
O ministro da Quinta, Fernando Haddad, ressaltou que Conceição deixa um legado rico, com sua sátira e sua resguardo inegociável da justiça social. A ex-presidenta Dilma Rousseff, que também é economista, disse que receber com tarar a morte da amiga e disse que ela uma mulher luzente e profundamente comprometida com a soberania Pátrio.
O presidente do BNDES Aloizio Mercadante, manifestou profunda tristeza a notícia pela morte da amiga e mestra, a quem definiu porquê a mais brasileira de todas as portuguesas. E acrescentou que o país perde uma gigante do pensamento brasílico e mundial.