Maio 6, 2025
El Salvador: Nayib Bukele labareda gangues de satânicas – 06/06/2024 – Mundo

El Salvador: Nayib Bukele labareda gangues de satânicas – 06/06/2024 – Mundo

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O presidente Nayib Bukele descreveu as gangues de El Salvador uma vez que satânicas e disse que sua gestão apaziguou a violência no país, o que, segundo ele, pode ser considerado um milagre. Referência para setores da direita em vários países, o líder de vestuário desarticulou facções, mas ao mesmo tempo é criticado por expulsar contrapesos da democracia e por ter lançado operações de encarceramento em tamanho.

“À medida que cresciam, as organizações [criminosas] se tornavam satânicas e passaram a fazer rituais satânicos”, disse ele em entrevista ao ex-apresentador conservador da Fox News Tucker Carlson. Bukele se referia ao combate das autoridades contra as gangues Mara Salvatrucha (MS-13) e Barrio 18.

Bukele disse que bastaram poucas semanas para El Salvador se transformar depois que seu governo fortaleceu a polícia e duplicou o temporário do Tropa. O suposto vitória contra as gangues, porém, teria sido resultado de um milagre. “Estamos mais seguros do que qualquer outro país do hemisfério Ocidental e, se eu tivesse dito isso antes, teriam me chamado de louco. Leste era o país mais perigoso do mundo.”

Em 2015, um dos anos mais violentos da história recente de El Salvador, mais de 106 pessoas foram assassinadas para cada 100 milénio habitantes. A título de conferência, no mesmo ano, a taxa de homicídios dolosos no Brasil foi de 25,7 por 100 milénio, segundo o Anuário Brasílio de Segurança Pública.

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O ponto de viradela, segundo Bukele, ocorreu em março de 2022, quando criminosos assassinaram 87 pessoas em três dias, números descritos pelo líder uma vez que “uma loucura” para um país de 6 milhões de habitantes. Em seguida os crimes, ele pediu ao Congresso que decretasse um regime de exceção —a medida vigora há 27 meses, período no qual mais de 80 milénio supostos membros de gangues foram detidos.

O regime de exceção possibilita prisões sem ordem judicial e é criticado por organizações humanitárias, que alertam para a detenção de milhares de pessoas inocentes. Hoje, o país tem mais de 100 milénio presos.

Segundo Bukele, as organizações criminosas matavam “qualquer pessoa para gerar terror”. A despeito das críticas, ele disse que o Estado “não tem intenção de hostilizar ninguém além dos membros das gangues”, que hoje estariam presentes também em outros países, uma vez que Itália, Guatemala, Honduras e EUA.

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Além de violações dos direitos humanos, Bukele é criticado por expulsar contrapesos da democracia em seu país. Em abril,o Legislativo do país aprovou a modificação de uma norma constitucional que estipulava que toda emenda deveria ser ratificada pela próxima legislatura para entrar em vigor. Agora, uma mudança na Constituição pode ser aprovada e ratificada pelo mesmo grupo de deputados.

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Segundo o jornal El Faro —o maior do país, que se mudou em 2023 para a Costa Rica em meio a ataques e intimidação— apoiadores e correligionários de Bukele já falam na aprovação de emenda que garanta a possibilidade de reeleição indefinida para o missão de presidente. Em tese, a Constituição do país hoje veta a recondução, o que não impediu Bukele de se candidatar e vencer o pleito em fevereiro pretérito.

Questionado por Tuckson sobre qual recomendação daria a um ex-presidente em procura da reeleição e que pode enfrentar uma pena criminal, caso de Donald Trump, Bukele disse que se não houver uma vez que impedir a candidatura, tudo o que for feito “lhe dará mais votos”.

Trump se tornou na quinta (30) o primeiro ex-presidente réprobo pela Justiça em uma ação criminal na história dos EUA. O júri avaliou que o empresário é culpado nas 34 acusações de falsificação de registros empresariais para encobrir pagamentos à atriz pornô Stormy Daniels e, assim, evitar que ela divulgasse supostamente ter mantido relações sexuais com ele às vésperas da eleição de 2016.

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Apesar de toda a restrição aos direitos civis, a gestão Bukele virou um padrão para secção da direita no continente, incluindo o Brasil. O MBL (Movimento Brasil Livre), por exemplo, enviou dois de seus integrantes para seguir a eleição em El Salvador, em fevereiro.

Antes disso, em dezembro, uma comitiva de cinco parlamentares liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi para El Salvador em uma viagem que custou R$ 96.068,01 aos cofres públicos.

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