O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que quer participar das eleições presidenciais em 2026 e não descartou disputar o pleito uma vez que candidato a vice-presidente em uma candidatura de direita. Ele se reuniu na segunda-feira (24) com jornalistas de emissoras de rádio de Belo Horizonte.
Questionado sobre a possibilidade de concorrer a uma das duas vagas do Senado que estarão em disputa, Zema disse que não tem perfil e “ficaria gorado” com um missão no Legislativo, segundo as rádios O Tempo e Itatiaia, que participaram do encontro.
“Não ligo de ser vice, o que eu quero é participar”, disse o governador.
Zema, que tem mais dois anos avante do governo mineiro, é tido uma vez que um dos principais nomes da direita para a disputa presidencial de 2026. Também costumam ser citados os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) –único dos três que pode concorrer à reeleição.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), bem pelos três governadores em 2022, está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral.
Nesta segunda-feira, Zema também foi questionado sobre a viagem que o presidente Lula (PT) fará ao estado nesta semana e se disse “surpreso” com a notícia da visitante presidencial a Minas Gerais. Afirmou não ter sido informado, até aquele momento, sobre os eventos.
O petista irá a Juiz de Fora na quinta-feira (27) e a Enumeração e Belo Horizonte na sexta (28). As duas primeiras representam as principais prefeituras do partido no estado, enquanto a ida à capital mineira é vista uma vez que uma forma de alavancar a pré-candidatura do deputado federalista Rogério Correia (PT), que ainda patina nas pesquisas.
A última viagem de Lula a Minas, em abril, quando foi a Novidade Lima, criou uma guerra de versões entre o governo federalista e Zema. Na estação, o mineiro alegou não ter sido convidado para participar dos eventos, enquanto o cerimonial da Presidência disse que entrou em contato com o gabinete do governador, que teria confirmado sua falta.
Zema tem mantido um tom de morde e assopra na sua relação com o governo federalista.
Em março, acompanhou Lula em uma visitante à Serra do Salitre, no interno do estado. Neste mês, em evento com prefeitos, criticou o que considera uma vez que “vagar” do governo em chegar a um concórdia sobre a tragédia de Mariana, ocorrida em 2015. As negociações, mediadas pela Justiça, envolvem a AGU (Advocacia-Universal da União) e as mineradoras Vale, BHP Billion e Samarco.
“Tivemos Brumadinho três anos depois de Mariana e resolvemos rapidamente. Todos os municípios foram recompensados, estão recebendo grandes investimentos, mas com relação à tragédia de Mariana, zero aconteceu”, disse o governador na ocasião.