As autoridades dos EUA estão investigando o primeiro caso de uso de lucidez sintético (IA) para tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais deste ano no país – um problema que pode se repetir no Brasil nas disputas municipais.
Trata-se de uma gravação falsa simulando a voz do presidente Joe Biden que circulou no estado de New Hampshire nos últimos dias, às vésperas das primárias desta terça-feira (23) no estado.
A gravação, um deepfake produzido com o uso de IA, pede aos membros do Partido Democrata que fiquem em vivenda e não participem das primárias da legenda.
“É importante que você guarde seu voto para as eleições de novembro. Votar nesta terça-feira somente ajudará os republicanos em sua tentativa de escolher Donald Trump novamente”, diz o áudio.
A Vivenda Branca confirmou que a gravação não foi feita por Biden. O procurador-geral de New Hampshire, John Formella, confirmou também que que está investigando o que chamou de uma aparente “tentativa proibido de atrapalhar as eleições primárias presidenciais”.
A campanha do ex-presidente Donald Trump disse que “absolutamente não” está envolvida com o áudio falso.
O incidente nos Estados Unidos confirma os receios de que novas tecnologias podem ser usadas para manipular os eleitores e impedir a realização de disputas limpas, inclusive no Brasil.
As autoridades brasileiras estão tão preocupadas com o problema que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que vai debater esta semana propostas inéditas de regulamentação da lucidez sintético na propaganda eleitoral nas disputas municipais deste ano.

As propostas serão discutidas, em conjunto com várias outras medidas, em reuniões que serão realizadas em Brasília a partir desta terça-feira (23) até quinta-feira (25).
A iniciativa do TSE mostra também que o Brasil está avançando mais rapidamente do que os Estados Unidos na urgência urgente de sofrear fake news, desinformação, deepfakes e outras tentativas de manipulação política e eleitoral.
Nos Estados Unidos, com uma tradição mais federativa, a regulamentação de vários pontos das regras eleitorais dependem de autoridades estaduais, e não das federais.
Um levantamento recente da escritório de notícias Bloomberg mostrou que somente cinco estados americanos (Califórnia, Texas, Michigan, Washington, e Minnesota) já aprovaram leis proibindo o uso de IA em campanhas eleitorais.
Outros sete muito provavelmente adotarão medidas similares levante ano.
No entanto, mais da metade dos estados vão continuar sem a necessária regulação da superfície.
A Percentagem Eleitoral Federalista dos EUA também começa a debater o problema, mas não há garantias de grandes avanços para as eleições deste ano.
O caso de New Hampshire pode ser considerado também o primeiro teste importante para sofrear a manipulação.
E isso acontece numa primária sem grande valor na escolha do candidato do Partido Democrático, já que a legenda decidiu modificar seu calendário eleitoral, colocando a Carolina do Sul uma vez que o estado da primeira prévia que vai, de indumentária, relatar votos para os possíveis candidatos.
New Hampshire, no entanto, seria um teste importante para se medir a popularidade de Biden entre os eleitores do partido.
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