O Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (Elsa-Brasil), o maior estudo longitudinal sobre doenças crônicas não transmissíveis do país, publicou Boletim Edição Privativo para o Dia da Consciência Negra, com dados que revelam desigualdades em indicadores de saúde e qualidade de vida. O ELSA-Brasil conta com mais de 15 milénio voluntários e a Faculdade de Medicina da UFMG é um dos centros regionais (Minas Gerais) da pesquisa.
No ELSA, a raça/cor é autodeclarada pelos participantes a partir das categorias utilizadas no Recenseamento Demográfico Brasílio transportado pelo IBGE. A população negra é formada por pardos e pretos.
O ELSA-Brasil reconhece o racismo porquê uma das causas fundamentais das desigualdades em saúde. Neste boletim, o estudo apresenta evidências produzidas ao longo de 15 anos de estudo. Análises interseccionais de raça/cor e gênero mostram maior adoecimento das mulheres pretas e maior risco de morte de homens pretos e pardos em confrontação aos seus pares brancos.
Os resultados revelam que quando iniciaram o seguimento no ELSA, entre os anos de 2008 e 2010, para cada pessoa branca convivendo com seis ou mais condições crônicas, havia aproximadamente 13 pessoas pardas e 15 pessoas pretas na mesma situação. Pretos eram os mais adoecidos para
hipertensão (48%), diabetes (27%), doença renal crônica (11%) e quase um terço desse grupo eram pessoas com obesidade. Pardos estavam logo na sequência, com 23% do grupo com hipertensão, 20% com diabetes, 9% com doença renal e 23% com obesidade. As pesquisas também apontam que as mulheres pretas eram as que estavam mais adoecidas por múltiplas condições no início do estudo. Tapume de 10% das mulheres pretas conviviam com seis ou mais doenças crônicas no início do estudo. 40% delas conviviam com transtornos mentais comuns, porquê sofreguidão e depressão, e 35% com obesidade.
Acesse o Boletim completo.
Com informações do ELSA-Brasil.