Março 20, 2025
Em Famalicão, FC Porto quis muito, mas quis mal | Crônica de jogo
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Neste sábado, o FC Porto quis bastante, mas não necessariamente quis da melhor forma. Em Famalicão, o grande volume ofensivo dos portistas não foi suficiente para levar mais do que um empate (1 a 1) em jogo da 13ª rodada da I Liga, em partida na qual o time de Vítor Bruno poderia até ter saído com menos do que isso.

O Famalicão teve um pênalti aos 78′, defendido por Diogo Costa, o homem que já havia sido réu no lance do 1 a 0.

No fim das contas, o resultado é difícil de enquadrar. Por um lado, o FC Porto teve muito volume ofensivo e isso sugeriria triunfo. Por outro, esse volume não deu tantas oportunidades de gol e, no fim, o valor de gols esperados (xG) foi baixo. O empate tem nexo e o time portista não merecia levar mais que isso.

Diogo Costa facilitou

A primeira parte em Famalicão foi totalmente dominada pelo FC Porto. A equipe portista não criou oportunidades de gol minuto sim, minuto sim, mas conseguiu ter uma supremacia territorial que permitiu, ao menos, estar perto de zonas de finalização.

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Mas essa proximidade à área adversária tinha também a desvantagem de seduzir os jogadores a cruzamentos – foi uma via explorada com insistência.

Apesar do bloqueio quase sempre recuado, o Famalicão até mobilizava dois jogadores na pressão à construção portista, algo que obrigava Pérez e Otávio a encontrarem rapidamente soluções verticais entre as linhas – porque as do corredor estavam bloqueadas.

E o futebol portista tinha algum nexo no sentido de que as jogadas eram criadas pela zona central – Galeno, Samu e Nico estavam bastante ativos em zonas entre linhas –, para depois serem definidas pelo corredor, quando o Famalicão era atraído ao centro. Em teoria, estava certo. Na prática, sempre faltou engenhosidade para criar situações de finalização no mesmo volume do número de cruzamentos – daí o tão baixo valor de gols esperados (menos de 0,5 xG no primeiro tempo).

Os três melhores lances do FC Porto foram justamente pelas pontas, mas com Galeno em áreas internas, apesar de ser um jogador que individualmente até decide melhor com espaço na ponta do que em espaços curtos por dentro.

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Já perto do intervalo, uma jogada de transição deu 1 a 0 na contramão do jogo. O Famalicão marcou com Aranda, em recarga a uma defesa incompleta de Diogo Costa. Era a segunda chance de gol de um time pouco ofensivo, mas que mobilizava vários jogadores nas poucas jogadas de ataque que tentava.

Diogo Costa salvou

Aos 52’, um livre lateral foi mal aliviado pelo Famalicão (novamente defesa incompleta do guarda-redes, desta vez Zlobin) deu bola no pé de Samu, que disparou um remate forte dentro da área.


O jogo seguiu na mesma toada, com o FC Porto em ataque posicional e o Famalicão se defendendo como podia, sempre com o tal 4x4x2 com duas “lanças” prontas para transições – e, enquanto isso, refrescadas.

E o futebol dos portistas era mais ou menos o mesmo: alguma capacidade de variar o centro do jogo, boas situações de definição, mas muito pouco de finalização.

Até que houve um lance bem incomum. O FC Porto marcou o 2 a 1 em uma transição e comemorou com a pompa que se impunha. Mas tinha tido mão na bola de Pepê no início do lance e, com ajuda do VAR, o 2 a 1 para os portistas virou… pênalti a favor do Famalicão.

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Depois de ser réu no 1 a 0, Diogo Costa foi herói neste lance e voltou a mostrar um gostinho especial por defender pênaltis.


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