Março 21, 2025
Engenheiro é o primeiro transplantado do ano no Hospital Moinhos de Vento

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A virada de ano representa, em todo o mundo, o início de um novo ciclo, com a expectativa de dias melhores e repletos de conquistas. Para o engenheiro civil José Ricardo Rodrigues Pinto, de 50 anos, 2025 se inicia com esses sentimentos multiplicados por dois motivos. Além do próprio Ano-Novo, ele recebeu, ainda no primeiro dia, a oportunidade de uma vida nova, ao ser beneficiado com a doação de um rim.

Morador da Zona Norte de Porto Alegre e funcionário da Prefeitura de Cachoeirinha, ele é portador de uma doença genética conhecida como Síndrome de Alport e aguardava pela doação de um rim desde o ano passado. A cirurgia para o transplante no Hospital Moinhos de Vento foi a primeira realizada pela instituição no ano.

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Conforme o engenheiro, a chance da compatibilidade para a doação chegou nas últimas horas de 2024. Enquanto a maioria da população brindava a chegada do Ano-Novo, Pinto se preparava para o procedimento cirúrgico. “No dia 31 o médico me mandou mensagem e falou que havia aparecido um órgão, disse que eu tinha grande chance de ser compatível e pediu para aguardar até as 5h, quando ele me ligou e confirmou que eu seria transplantado”, explica.

A notícia pegou o engenheiro e sua família de surpresa. “Eu tinha acabado de comer um pedaço de cordeiro quando recebi a mensagem. Fui orientado a iniciar o jejum enquanto aguardava a confirmação. Ficamos todos ansiosos até eu receber a confirmação da compatibilidade. Foi uma emoção para todo mundo”, relata.

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O resultado chegou às 4h30min da madrugada de quarta-feira (1º), quando foi avisado de que a sua vez havia chegado, pois os quatro primeiros pacientes da fila do transplante eram incompatíveis com o doador. Às 10h ele já estava no bloco cirúrgico do Hospital Moinhos de Vento, pronto para receber o novo órgão.

Conforme o paciente, ele convive com alterações renais desde pequeno, porém apenas após os 40 anos passou a utilizar medicações de forma mais frequente. Somente em 2018, após a realização de exames, descobriu que se tratava da Síndrome de Alport, uma doença genética rara que afeta os rins e causa a perda da função renal. Ela é causada por mutações em genes responsáveis pela produção de proteínas que desempenham um papel crucial na estrutura do rim.

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Em 2020 a doença evoluiu e o tratamento passou a ser radicalizado, com uso de remédios e uma dieta restrita. Submetido à diálise desde agosto de 2024 (procedimento artificial para remover os resíduos e o excesso de líquidos do corpo, um processo necessário quando os rins não estão funcionando adequadamente), ele era o quinto paciente na fila do transplante renal no Rio Grande do Sul.

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De acordo com o chefe do Serviço de Nefrologia do Hospital Moinhos de Vento, Renato Eick, o órgão recebido pelo paciente veio do Maranhão. Devido ao intervalo para transporte do rim até o RS, é esperado que leve de uma a duas semanas para estar em funcionamento. “Ele ficará no CTI por sete dias, recebendo imunossupressores para evitar a rejeição. Neste período, são feitos exames diários e sessões de diálises, enquanto ainda forem necessárias”, explica.

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O médico salienta que as doenças renais são relativamente comuns e que, apenas no Estado, cerca de 1.700 pessoas estão na lista para transplante de rins. Embora o RS seja a unidade federativa que maior número de transplantes na comparação com o número de habitantes, estudos do ano passado apontam que 48% dos potenciais doadores não tiveram a doação de órgãos autorizada por familiares, algo que é considerado um fator que precisa ser modificado. Para cada doador, até oito pessoas podem ser beneficiadas.

O novo transplantado também ressalta a importância de a população aderir, em maior número, à doação de órgãos. “O RS recebe muitos órgãos, mas que ainda não faz muitas doações. Acaba sendo um Estado importador e nós precisamos mudar esta realidade”, conclui Pinto.


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Para o nefrologista, o papel dos hospitais privados na doação de órgãos também é algo que precisa ser destacado. “Os hospitais privados como o Moinhos de Vento, que tem um programa de transplante através da saúde suplementar, além de aumentar as opções para os pacientes em lista, são importantes para desonerar o SUS”, afirma.

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