Entenda a treta por trás de ‘Not like us’, eleita Música do Ano no Grammy 2025 #ÚltimasNotícias #Brasil

• Análise: Em 2025, a hora da justiça enfim chegou ao Grammy
• Grammy 2025: Confira os principais premiados da noite

Por trás da gravação, está uma briga de longa data entre o astro do rap e outra personalidade do segmento, o canadense Drake, com acusações de pedofilia, abuso e infidelidade. A treta sacudiu o mundo do hip hop no último ano.

• Naorgada é NYAS: Bianca Censori aparece nua no tapete vermelho do Grammy 2025
• Destaques do Grammy 2025: Surpresa de Beyoncé, brinde de Taylor Swift e Jay-Z, bombeiros no palco

— No final das contas, nada é mais poderoso que o rap — disse Lamar ao receber um dos prêmios das mãos de Diana Ross.

“Not Like Us” foi a quinta música em que Lamar atacou liricamente o rapper canadense, que havia acabado de lançar seu single “Meet the Grahams” horas antes.

• ‘Guerra suja’ pelo Oscar deixa atuações de lado em meio a resgate de posts antigos e denúncias de transfobia e blackface

Drake, o rapper que foi recordista de público em 2023, e Lamar, vencedor do Prêmio Pulitzer por suas letras fortes, protagonizam uma guerra verbal, dentro de um gênero conhecido por celebrar rixas entre suas principais estrelas.

Mas, enquanto no passado as trocas entre os dois focavam em temas como quem é a maior estrela, as letras das faixas lançadas no último ano pelos artistas nos últimos dias fugiram das linhas habituais.

“Fala, Drake, ouvi dizer que você gosta de jovens / É melhor você nunca ir para o bloco de celas um”, disse Lamar em sua canção “Not Like Us”, um jogo de palavras em referência à gíria da prisão para “pedófilos”.

Lamar, natural de Los Angeles, acusa o canadense Drake de “colonizar” a cultura negra americana. Em “Meet the Grahams”, lançado neste fim de semana, Lamar afirma que Drake, cujo nome verdadeiro é Aubrey Graham, tem uma filha secreta.

Por sua vez, Drake lançou uma faixa intitulada “Family Matters”, na qual sugere que Lamar foi infiel e abusivo com sua noiva e namorada adolescente, Whitney Alford. O rapper canadense também negou as acusações de pedofilia em “The Heart Part 6”, no qual ele entoa: “Eu não olho para nenhuma adolescente”.

Os insultos chamaram a atenção do público fora da cena hip hop e ocuparam espaço em veículos como The New York Times e CNN. Drake e Lamar alcançaram a fama do hip hop no final dos anos 2000 e início da década de 2010. No início, os rappers colaboraram em músicas e saíram em turnê juntos.

Mas a relação se complicou com o passar dos anos, à medida que a fama de ambos crescia. No ano passado, com 13 músicas em primeiro lugar, Drake empatou com Michael Jackson como o artista masculino com mais sucessos na Billboard Hot 100.

• Veja ranking: Madonna em Copacabana supera Rolling Stones e é quinto maior show do mundo
• Crítica: Madonna leva 1,6 milhão de pessoas para Copacabana em noite histórica para o RJ

Lamar, cujas letras abordam reflexões pessoais e questões sistêmicas como o racismo e a pobreza estrutural, é frequentemente considerado a “voz de sua geração”. A competição “amigável” acabou se transformando em mais um acirrado confronto do rap, gênero frequentemente associado às brigas entre seus maiores nomes.

No início da década de 1990, estrelas como Tupac Shakur e The Notorious BIG desenvolveram uma rivalidade, incentivada por seus empresários, que representava a luta entre o hip hop da Costa Leste e da Costa Oeste dos Estados Unidos.

Embora esta disputa tenha terminado em violência e tragédia, a atual rixa entre Drake e Lamar, limitada a letras e postagens nas redes sociais, parece ter aguçado o apetite de alguns fãs de rap.