Março 22, 2025
‘Está por aí rindo e se vitimizando’

‘Está por aí rindo e se vitimizando’

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Há exatos 31 anos, um violação brutal chocava o país. Em 28 de dezembro de 1992, a atriz Daniella Perez — que à estação estrelava a romance “De corpo e psique” (1992), escrita por sua mãe, a novelista Gloria Perez— era encontrada morta a facadas, aos 22 anos, num silvado na Barra da Tijuca, bairro na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Prima da artista, Bárbara Ferrante usou as redes sociais, nesta quinta-feira (28), para relembrar o caso e provar revolta com o vestuário de os assassinos não terem cumprido a pena determinada pela Justiça na prisão.

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“Mais um 28 de dezembro…. Dia que mudou o rumo da minha vida e da minha família. Um dia de lembranças duras e que dói a psique. Enquanto a assassina Paula Nogueira Peixoto (ou já mudou para Almeida?) está por aí rindo e se vitimizando, nós ainda lutamos para sobreviver a devastação que essa mulher e seu ex-marido nos causaram”, relatou Bárbara, em publicação no Instagram.

Uma vez que provaram as investigações policiais à estação, o violação foi cometido por Guilherme de Pádua — ator que fazia par com Daniella na romance “De corpo e psique” — e Paula Thomaz, mulher do artista naquele período. A autoria do assassínio com oito facadas que acertaram o coração de Daniella foi confessada por Guilherme à estação. Depois de quatro anos do ocorrido, ele e a companheira foram condenados por dois júris. Guilherme a 19 anos de prisão e Paula a 15.

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Apesar disso, os dois foram soltos muito antes do termo da pena, quando haviam cumprido unicamente um terço do previsto. Guilherme de Pádua deixou a cárcere no dia 14 de outubro de 1999, quando tinha 29 anos. Já a ex-mulher dele, por sua vez, foi liberada do presídio três semanas depois, em 5 de novembro.

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Nos últimos tempos, Guilherme atuava porquê pastor da Igreja Batista da Lagoinha, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em 2017, 20 anos em seguida a pena, ele se casou pela terceira vez com a maquiadora Juliana Lacerda. Ele morreu, aos 52 anos, em novembro de 2022, em decorrência de um infarto. Paula Thomaz segue em liberdade. Ela se formou em recta, retirou o sobrenome de Guilherme e teve uma filha com o atual marido, o jurisperito Sérgio Rodrigues Peixoto. O par mora no Rio de Janeiro e oficializou a união em 2001.

“Paula Nogueira Peixoto e seu sócio, descarrilharam o trem das nossas vidas nos tirando alguém tão preciosa e nos impedindo que fossemos o que poderíamos ter sido, mas enquanto estivermos cá vamos preservar a memória da Dany e lembrarmos o tamanho da brutalidade que cometeram”, escreveu a prima de Daniella, por meio de publicação no Instagram.

Bárbara contou, no mesmo post, que Paula Thomaz escolheu que a filha mais novidade nascesse no mesmo dia em que foi julgada pelo violação, data em que ela também comemorava seu natalício de consórcio com Guilherme de Pádua. “Já seria sintomático escolher a data de consórcio com o ex para o promanação de uma filha fruto de novo relacionamento. Mas sendo esse ex um parceiro de violação? Parceiro de assassínio? E ainda o mesmo dia que foi julgada (e condenada!) por tirar tão brutalmente a vida de uma rapariga? Essa escolha fala muito sobre ela, preocupação, e tantas outras coisas”, afirmou.

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Gloria Perez também trouxe à tona memórias da filha, nesta quinta-feira (28). A autora publicou fotos da filha junto com algumas páginas de seu quotidiano, e escreveu: “Um dia que dói”.

“Não há perdão! O perdão, quando ocorre, vem antecedido pelo compunção. Até na igreja, o leal se confessa e admite sua culpa antes de ser perdoado. Ele (Guilherme de Pádua) já está queimando no quinto dos infernos. Um dia se reencontrarão e estarão juntos novamente na evo. Mas isso também não vai pacificar nossa dor, porque a Dany não volta!”, acrescentou Bárbara, em tom de revolta.

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