A procura por uma estudante goiana de 19 anos tratada uma vez que desaparecida por sua família mobilizou a Polícia Federalista, autoridades internacionais e a Justiça brasileira no início de março. Ao pesquisar pistas do paradeiro da jovem, os órgãos de investigação descobriram que ela estava na cidade paraguaia Presidente Franco, na fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná, depois fugir para morar com Tales de Robleum dos filhos do filósofo Olavo de Roble, morto em 2022.
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Pais acionam a Justiça em procura da jovem
A procura pela estudante que morava em Catalão, cidade localizada a 261 quilômetros da capital, Goiânia, começou depois os pais acionarem a Justiça em procura de informações sobre a localização da jovem. A família da pequena alegou que ela tem problemas psiquiátricos e pode ter sofrido assédio psicológico por segmento do fruto do guru. Procurado, o jurisconsulto de Tales negou as acusações e disse que a jovem viajou por vontade própria.
Em prova à polícia depois ser localizada, a estudante confirmou a versão e disse que estava a passeio na cidade paraguaia, onde mora um irmão de Tales, havia cinco dias.
— Fui passear, queria ver meu cunhado — disse ela, que informou à polícia morar em Curitiba (PR).
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Em seguida deixar sua lar em Catalão (GO), a estudante chegou a mandar um áudio para os pais relatando que havia se convertido ao islamismo e casado com Tales, que vivia na capital paranaense.
Estudante começou a ter interesse por vídeos e cursos de Olavo de Roble
A estudante, segundo sua mãe, começou a ter interesse por vídeos e cursos de Olavo de Roble durante as eleições de 2018. Alguns anos depois, a jovem, que cursava Letras na Universidade Federalista de Goiás, começou a interagir virtualmente com o fruto do guru conservador. A família descobriu esse contato depois conseguir acessar as redes sociais da filha.
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No período em que estava sem notícias da filha, os pais dela conseguiram entrar em contato com Tales e pediram para que enviasse o endereço de onde a jovem se encontrava, o que ele se negou a fazer.
Em uma mensagem de áudio enviada aos pais da estudante goiana, Tales disse que ela “fugiu para matrimoniar”. “De hoje em diante, ela presta contas para mim sobre onde ela está e o que ela está fazendo, assim uma vez que eu presto satisfação para ela de onde eu estou. É duro, é duro, mas não tem outra opção a não ser concordar, porque isso não vai mudar. Não é a pressão de vocês que vai fazer ela se divorciar, me largar”, disse o fruto de Olavo de Roble.
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Quem é o fruto de Olavo de Roble?
A exemplo do pai, Tales vende cursos on-line de filosofia, cosmologia, simbolismo e artes tradicionais. Em vídeos no YouTube, ele é apresentado uma vez que professor, rabino e “Xeique Tales”. Ao participar de um podcast no início do ano, disse ter aderido ao islamismo ainda na puerícia, por influência de seu pai, Olavo, que conviveu com muçulmanos na dez de 1980. Na quadra, segundo conta, eles frequentavam uma mesquita no núcleo de São Paulo que era próxima de onde moravam.
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Em nota, o jurisconsulto Frank Romualdo Reche Maciel, que representa Tales, nega que a estudante estivesse desaparecida. “Unicamente estava evitando contato com o pai, que parece ainda não ter entendido que sua filha já é uma mulher adulta e independente. Ressalte-se que se encontra na companhia do pai por vontade própria e na esperança de acalmá-lo, apesar de suas insistentes tentativas de infantilizá-la e tratá-la uma vez que louca”, diz o protector.
O jurisconsulto da família da estudante, por sua vez, sustenta que ela foi “aliciada” desde quando não havia atingido a maioridade.
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— Ainda que ele não a amarrou, que ela foi até ele com as próprias pernas, ela fez isso sob potente violência psicológica — afirma Alexandre Lourenço, criminalista contratado pela família da jovem para atuar no caso, ao lado do jurisconsulto Pedro Sérgio.
Com base nas trocas de mensagens encontradas no computador da filha, os pais da estudante ingressaram com um pedido de interdição da estudante na 1ª Vara de Família e Sucessões da Justiça goiana, que foi rejeitado. Na ação, eles citam “graves problemas psiquiátricos” e a possibilidade de ela ter sofrido “assédio psicológico e sexual” por segmento de Tales.
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Em seguida a família da jovem recorrer da decisão desfavorável em primeira instância, a desembargadora Lília Mônica de Castro Borges Escher determinou que a polícia localizasse a estudante para que ela se apresentasse diante de um juiz e um psicólogo judicial. “O cenário retratado nos autos revela que, por cautela, é necessária a pronta mediação judicial com o propósito de proteção e garantia dos direitos fundamentais”, escreveu a magistrada.
A jovem foi encontrada no dia 13 de março depois um trabalho de cooperação da PF com a polícia paraguaia. Ela estava na lar de um dos irmãos de Tales, no Paraguai. Vídeo da operação mostra a residência revirada, com roupas e malas espalhadas pelo solo, além de vários colchões. O fruto de Olavo de Roble não estava no sítio no momento da batida policial.
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Em seguida ser escoltada de volta ao Brasil, a estudante foi conduzida a uma unidade da Polícia Social em Foz do Iguaçu, onde prestou prova. Depois, a jovem foi encaminhada para um hospital psiquiátrico em Goiânia, onde está internada desde o dia 15 de março.
O boletim médico da unidade de saúde cita uma vez que motivo para a internação risco de suicídio e doença relacionada a transtorno de personalidade. “A paciente está recebendo assistência psiquiátrica, psicológica e social”, diz o relatório médico.