Wagner demorou mais de quatro segundos para apitar a infração e revoltou os jogadores do time mandante. O juiz de campo foi chamado pelo VAR, comandado por Carlos Eduardo Nunes Braga, mas manteve sua decisão.
Na cobrança, Robson superou João Paulo e empatou o placar — o Santos havia feito um gol no lance anterior à polêmica e conseguiu virar o duelo na lanço final.
Foi pênalti? Ex-árbitros são unânimes: não.
Manoel Serapião. “A arbitragem brasileira está passando por um momento porquê um paciente na UTI desenganado. Nunca vi tanto erro, e estamos falando de erros grosseiros. O Dodô está olhando para o lado quando a esfera é chutada pelo inimigo. O braço está na posição que tinha que estar. Essa história de braço acessível é um sem razão: o braço pode estar acessível, mas o movimento também pode ser conciliável com a jogada. O braço do Slimani está também acessível. Foi um escândalo. O VAR fez muito muito em recomendar a revisão, e o Wagner fez muito mal ao confirmar seu erro. É um sem razão. A arbitragem brasileira é um paciente terminal.”
Ulisses Tavares. “Eu não marcaria. O Dodô nem viu a esfera, foi um lance totalmente involuntário. Nem sei o que proferir a reverência: devo estar enxergando pouco ou desaprendi depois de 23 anos apitando futebol. As arbitragens realmente estão ruins. O pênalti marcado foi inexacto.”
Alfredo Loebeling: “Se nascente perito fosse da empresa do Roberto Justus, que faz segmento da SAF do Coritiba, teria sido destituído. Não tem cabimento dar um pênalti desse. Em primeiro lugar, a esfera bateu na volta, quando o Dodô está de costas e não vê zero. Em segundo lugar, precisamos falar sobre movimento procedente: ninguém sai do solo com o braço colado no corpo. O braço estar um pouco acessível é movimento procedente. Não há a menor possibilidade de se marcar um pênalti deste.”