Março 16, 2025
Faustão foi submetido a um transplante de rim, confirma hospital

Faustão foi submetido a um transplante de rim, confirma hospital

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O apresentador Fausto Silva, o Faustão, foi internado no domingo (25) no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para a realização de um transplante de rim depois o agravamento de uma doença renal crônica, afirmou o hospital em boletim divulgado nesta terça-feira (27). Segundo o expedido, o procedimento ocorreu na manhã de segunda-feira (26) sem intercorrências.

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Qual é o estado de saúde de Faustão?

“O paciente seguirá em reparo para seguimento da adaptação do órgão e controle galeno”, diz o boletim assinado pelos médicos Marcelino Durão, nefrologista e coordenador médico de transplante renal do Hospital Israelita Albert Einstein; Sérgio Ximenes, urologista e membro da equipe de transplante renal do Hospital Israelita Albert Einstein; Fernando Bacal, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein e Miguel Cendoroglo Neto, diretor médico de serviços hospitalares e prática médica do Hospital Israelita Albert Einstein.

O que aconteceu com Faustão?

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De concordância com o boletim, o procedimento foi realizado depois o Einstein ter sido acionado pela Mediano de Transplantes do Estado de São Paulo e ter realizado a avaliação sobre a compatibilidade do órgão doado. O apresentador recebeu o novo rim muro de seis meses depois ter sido submetido a um transplante de coração devido a um grave quadro de insuficiência cardíaca.

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Faustão passa por transplante de rim

O caso de Faustão, em que um transplantado precisa de um novo órgão renal é incomum, mas não tão vasqueiro. No Estado de São Paulo, para se ter uma teoria, dos 2 milénio transplantes renais ocorridos em 2023 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 34 foram de uma pessoa já transplantada de outro órgão que precisou receber um rim tempos depois.

Essa situação faz o paciente se tornar prioridade ao ser posto novamente na fileira de espera pela cirurgia, explica o nefrologista e professor da Universidade Federalista de São Paulo (Unifesp) José Osmar Medina Pestana, diretor do Hospital do Rim, também no estado paulista.

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Problema cardíaco de Faustão está ligado ao transplante de rim?

O boletim médico não especificou se o problema no rim de Faustão foi de vestimenta ligado ao procedimento cardíaco. Mas, segundo um trabalho publicado no New England Journal of Medicine, que avaliou 70 milénio transplantados entre 1990 e 2000, 16,5% dos pacientes desenvolvem problemas renais.

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Especialistas ouvidos pelo GLOBO explicam que o principal fator por trás disso costuma ser o uso de medicamentos imunossupressores para minorar a atividade do sistema imunológico e, com isso, inibir a repudiação do organização ao transplante. Isso porque, embora indispensáveis, os fármacos são considerados nefrotóxicos, ou seja, têm potencial de fomentar lesão nos rins, ou exacerbar quadros preexistentes.

— Depois do sistema imunológico, o rim é o órgão mais sensível aos efeitos tóxicos dos imunossupressores — diz Medina.

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Stephanie Rizk, perito em terapia intensiva e transplante cardíaco na Rede D’Or, no Hospital Sírio-Libanês e na Cardio-Oncologia do InCor, explica uma vez que atuam alguns desses fármacos mais utilizados, os inibidores de calcineurina ciclosporina e tacrolimus.

— Os remédios são essenciais, mas a ciclosporina pode fomentar vasoconstrição nos rins, o que reduz o fluxo renal e consequentemente a taxa de filtração do órgão. Isso pode fomentar lesão renal tanto aguda, uma vez que a longo prazo, de forma crônica. O tacrolimus pode atuar de forma dissemelhante, por meio de danos ao túbulo renal, mas que também afeta o funcionamento do rim — diz ela, que é doutora em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (USP).

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A perito afirma que eventualmente é preciso combinar uma droga com outra, ajustar a ração do imunossupressor ou tentar fazer a troca por um remédio que seja menos nefrotóxico quando os problemas aparecem. Mas destaca que há outros fatores que podem contribuir para a insuficiência renal uma vez que a de Faustão, que vão além dos medicamentos.

— Outro cenário é que os pacientes pós-transplante, mais a longo prazo, podem desenvolver uma pressão arterial, que eleva o risco de problemas nos rins. Pode possuir também uma doença preexistente. E ele podia ter um comprometimento renal, que não sabemos a motivo específica, que pode não ter se resolvido completamente — diz, ela lembrando que, segundo o boletim médico da estação, o apresentador precisou fazer diálise antes do transplante de coração.

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Ou por outra, há o risco de infecções em pacientes imunossuprimidos, caso dos recém-transplantados, que podem atingir o órgão. Em relação ao tratamento e ao prognóstico, a perito afirma que depende da sisudez do quadro. Em estágios mais avançados, é indicado o novo transplante.

Num cláusula de revisão publicado em 2021 no American Journal of Kidney Diseases, o diretor-executivo do Programa de Transplante do Hospital Adventista Centura Porter, nos Estados Unidos, Alexander Wiseman, estimou que os casos do tipo, uma vez que o do Faustão, representam “aproximadamente 5% da lista de espera para transplante de rim”.

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As evidências apontam ainda que fatores de risco para que transplantados desenvolvam uma disfunção renal são idade avançada; ser mulher; ter diabetes; ter hipertensão arterial; ter sofrido um quadro insuficiência renal aguda no pós-operatório e ter sido infectado com hepatite C antes do transplante.

Relembre o transplante de coração de Faustão

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No dia 5 de agosto do ano pretérito, Faustão foi internado na Unidade de terapia intensiva (UTI) para tratar uma insuficiência cardíaca. O apresentador tinha um quadro grave de insuficiência cardíaca e, por isso, recebeu a indicação para um transplante e foi incluído no início da fileira de espera.

O que é insuficiência cardíaca?

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O diagnóstico é uma requisito progressiva na qual o coração perde a capacidade de bombear o sangue na quantidade necessária. Isso pode ocorrer devido ao extenuação – que foi o caso do apresentador – ou enrijecimento do músculo cardíaco.

Quando Faustão passou por transplante cardíaco?

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Faustão foi chamado para o transplante no final de agosto, quando ocupava o segundo lugar da fileira, de concordância com a Mediano de Transplantes do Estado de São Paulo. Uma vez que o primeiro recusou o órgão, o que pode ocorrer devido a fatores uma vez que incompatibilidade, o apresentador foi escolhido.

Pouco depois da internação, a mulher de Fausto Silva, Luciana Cardoso, criou um perfil no Instagram para incentivar a doação de órgãos, chamado “Faustão do meu coração”. Ele chegou a ser derrubado pela plataforma, mas depois voltou ao ar.

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O apresentador ganhou um novo coração no dia 27 de agosto. O responsável pela doação foi identificado uma vez que um jogador de futebol de várzea chamado Fábio Cordeiro da Silva, que havia morrido no dia anterior vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Em 31 de agosto, Faustão gravou um vídeo para agradecer a todos que torceram por sua recuperação e à família do doador. Ele deixou o hospital no dia 10 de setembro.

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— Quero fazer um congratulação peculiar ao José Pereira da Silva, pai do Fábio, que teve uma grandiosidade incrível, uma nobreza absurda e proporcionou que eu continuasse vivo. Eternamente grato ao José Pereira da Silva, varão simples. Eu fico emocionado, porque ele me deixou a chance de viver de novo. Agradecer ao Welisson, irmão do Fábio, e à Jaqueline, a viúva. A esses que tenho que agradecer. Essas pessoas das mais humildes que, na hora que eu precisei, me deram um coração novo — declarou na estação.

Fonte

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