Abril 28, 2025
FC Porto perdeu na Amadora. A boa notícia é que foi só 2-0 | Crónica de jogo

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Neste sábado, no Estrela da Amadora-FC Porto (2-0), uma das equipas acabou com 2,43 golos esperados e seis oportunidades claras de golo e a outra com 0,50 golos esperados (!!!) e zero oportunidades claras. A crónica poderia acabar aqui, porque isto já explica em boa medida o que se passou na Reboleira.

Estrela e FC Porto trocaram de vida, já que o que se passou neste jogo não entraria nos sonhos nem do mais empedernido, crente e optimista adepto do Estrela, que destruiu e vulgarizou o FC Porto com grande classe.

Ao intervalo, a equipa da casa levava 1,43 golos esperados e os visitantes apenas 0,03. Aos 80 minutos, o FC Porto tinha 0,20 golos esperados, contra 2,34 do Estrela – no caso dos amadorenses, estamos a falar de uma das equipas que mais passes falha e das que menos remata na I Liga. E foi o FC Porto a equipa que mais permitiu ao Estrela num jogo do campeonato.

Para um adepto do FC Porto a frase que se segue pode soar a troça, mas tem de ser escrita: matematicamente, o FC Porto já não pode ser campeão nacional. Já o Estrela ficou com oito pontos de vantagem para os lugares de descida directa.

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Dois contra quatro

O técnico do Estrela montou um teórico 4x3x3, mas que na prática era um 5x2x3 que tinha Jovane como extremo que baixava para lateral sem bola.

Isto facilitava as referências de marcação – Jovane seguia João Mário para todo o lado, por exemplo – e permitia ao Estrela identificar facilmente a forma de pressionar individualmente a campo inteiro quando o FC Porto saía curto.

A equipa portista tremia nesse momento, incapaz de ligar o jogo – faltou um central mais capaz de colocar bolas verticais, faltou também Diogo Costa nesse labor e faltou melhor leitura de jogo de Mora e Pepê, para baixarem um pouco mais e mostrarem-se à bola.

O problema era relativamente fácil de ver: o Estrela tinha quatro jogadores permanentemente na zona central (Ruiz saía do corredor para dar soluções por dentro), enquanto o FC Porto tinha dois – e um deles era Fábio Vieira. Se Mora ou Pepê baixassem uns metros poderiam dar vias de saída, por muito que ficassem mais longe de Gul – mas pouco aconteceu (conta-se uma ocasião, com Mora, já aos 45+1).

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Para o Estrela era fácil: cada bola recuperada era colocada rapidamente no espaço. Primeiro aos 5′, com Kikas a isolar-se pela zona de Eustáquio. Depois aos 7′, com movimento entre Marcano e Eustáquio. Depois mais duas ocasiões sem especial perigo, uma perigosa aos 42′ e uma outra, antes disso, aos 38′, com Kikas novamente isolado, mas desta vez com capacidade para marcar – voltou a movimentar-se entre Eustáquio e Marcano, que estavam claramente desconectados na forma como faziam a linha do fora-de-jogo.

Kikas

O Estrela tentou (e conseguiu) lançar jogadores na profundidade uma e outra vez e o FC Porto pouco fazia para o impedir, em boa parte porque era inútil lutar em dois contra quatro.

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Ao intervalo havia uma imagem interessante do mapa de posicionamento médio dos jogadores (em baixo), com o FC Porto a ter sete jogadores num “comboio” no seu lado esquerdo e o Estrela com uma distribuição globalmente equilibrada no campo, sugerindo controlo do espaço e capacidade de criar perigo precisamente pelo lado oposto onde estava o “comboio” do FC Porto.



Estrela
Sofascore


FC Porto
Sofascore

Após o intervalo, já com houve clara presença de Mora uns bons metros mais atrás, algo que colocou o criativo em jogo e permitiu ao FC Porto ligar passes e bater a pressão do Estrela.

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O Estrela voltou a lançar Kikas no espaço pela frente de Eustáquio aos 56′ (o jogador portista esteve sempre a ver o adversário e mesmo assim foi batido) e o lance acabou com penálti a favor do Estrela e 2-0 marcado por Ruiz – o lance tinha sido inicialmente analisado com simulação de Bucca, mas alterado depois com ajuda do VAR.

O FC Porto jogava com mais velocidade, mas, em geral, Mora jogava sozinho. Kikas ainda tinha energia para estar perto do golo, bem como Jovane, que ainda atirou ao poste.

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