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Fernández labareda polêmica kirchnerista de lastimável – 04/10/2023 – Mundo

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Praticamente ausente do debate público da Argentina desde o início da corrida eleitoral, o presidente do país, Alberto Fernández, voltou à estádio nesta quarta-feira (4) para comentar o mais recente escândalo a atingir o peronismo.

No núcleo da polêmica está o director de gabinete da província de Buenos Aires, Martín Insaurralde. Ele viralizou ao surgir ao lado de uma protótipo em um luxuoso iate em Marbella, na Espanha, em imagens publicadas nas redes sociais dela no sábado —um dia antes do primeiro debate entre os candidatos à Presidência.

As instalações do embarcação, assim uma vez que as bebidas caras e pratos de mariscos extravagantes registrados nas imagens, contrapõem-se à precariedade enfrentada por boa secção da população do país sob o governo Fernández.

Dados divulgados na semana passada mostraram que, em um ano, 1,2 milhão de argentinos foram empurrados para insignificante da traço da pobreza. Hoje, quatro em cada dez deles não conseguem remunerar despesas básicas.

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Insaurralde renunciou ao função de director de gabinete no próprio sábado, alegando não desejar que sua imagem fosse usada para prejudicar a coalizão pela qual o ministro da Economia peronista, Sergio Tamanho, disputa a Presidência. Na segunda-feira, também desistiu de concorrer a um posto no juízo municipal de Lomas de Zamora, sua cidade natal, localizada no sul da província de Buenos Aires.

Em entrevista à Rádio 10, Alberto Fernández descreveu o incidente uma vez que “uma verdadeira lástima”. Também saiu em resguardo do governador de Buenos Aires, Alex Kicillof, a quem Insaurralde estava subordinado. “Axel é um varão honesto, que tem uma vida austera”, afirmou o presidente prateado, acrescentando que o escândalo tinha respingado “em muitas pessoas corretas, que não pensam em iates no Mediterrâneo”.

A prensa argentina havia previsto que a controvérsia seria um dos principais temas do debate no domingo. Mas ele foi citado somente pontualmente —talvez porque Sergio Tamanho interveio e pediu a repúdio imediata de Insaurralde.

Fernández também comentou na entrevista a enunciação mais controversa do debate, do líder nas pesquisas eleitorais Javier Milei. Na ocasião, ele afirmou que não houve 30 milénio desaparecidos durante a ditadura argentina, mas 8.753.

O número solene de mortos e desaparecidos segundo o RUVTE (Registro Unificado de Vítimas do Terrorismo de Estado) é na verdade de 8.631, mas organizações de direitos humanos alegam que a zero é altamente subestimada.

Em seguida, Milei afirmou que os guerrilheiros que lutaram contra o regime militar que vigorou entre 1976 e 1983 eram terroristas, e deu a entender que o Tropa no poder travava uma guerra legítima contra eles ao combatê-los utilizando-se de métodos uma vez que execuções extrajudiciais e tortura —ainda que, o ultradireitista tenha ressaltado, “as forças do Estado tenham cometido excessos”.

Fernández chamou as declarações de Milei de “um retrocesso tremendo” e urgiu a sociedade a reagir a elas. “Negar uma tragédia tão grande e expressar que foi uma guerra onde alguém se excedeu são coisas que ouvimos (o militar sentenciado por crimes na ditadura Emilio) Massera e (o ex-comandante Alfredo) Astiz dizerem. Porquê pode alguém que quer ser presidente da Argentina expressar um tanto assim?”

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“Não se pode igualar uma organização guerrilheira a um Estado, porque o Estado possui uma moral a obedecer. E isso não justifica nem a tortura, nem o roubo de bebês, nem o assassínio, nem o desaparecimento forçado de pessoas”, acrescentou o presidente prateado.

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