Raquel Cattani, de 26 anos, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL – MT), foi encontrada morta na manhã desta sexta (19), em um sítio no Assentamento Pontal do Marape, no município de Novidade Mutum (MT). Ela foi encontrada em um dos quartos da mansão, com um ferimento “possivelmente causado por arma branca”, afirmou a Polícia Social do Mato Grosso.
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A polícia ainda informou que o ex-marido dela se apresentou no sítio do violação e será ouvido pelos agentes. Raquel Cattani era produtora de queijos artesanais e nesse ano foi premiada no 3º Mundial do Queijo, em São Paulo.
A polícia está investigando o caso, reunindo informações no sítio e ouvindo pessoas ligadas a ela, porquê parentes e vizinhos. Até o momento, o que se sabe é que seu corpo foi encontrado por um familiar em um dos quartos da residência, com ferimentos semelhantes a de uma facada. Na residência, havia sinais de violência, porquê uma televisão quebrada. Uma moto que pertencia a Raquel foi levada do sítio.
“A prioridade da Polícia Social neste momento é reunir o supremo de informações e esperar o fechamento dos trabalhos da Perícia Solene e Identificação Técnica (Politec-MT) no sítio, que poderá indicar que ferimentos causaram o óbito da vítima”, esclareceu a Polícia Social.
Posteriormente o assassínio, autoridades se manifestaram em solidariedade. O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), divulgou nota dizendo que determinou a atuação das forças de segurança para esclarecer essa “morte chocante”.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinho (MDB), o presidente da Reunião Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho, e o ministro da Cultivação e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), também prestaram solidariedade à família de Raquel.
— Que as investigações possam levar a justiça ao caso e, supra de tudo, que Deus conforte a família neste momento de angústia— disse Fávaro.
Produtor rústico e apoiador de Jair Bolsonaro, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) protagonizou polêmicas recentes. Em fevereiro, ele protocolou um projeto de lei para transformar o presidente Lula em persona non grata no estado. O parlamentar defendeu a medida pelas falas do presidente, à era, sobre os ataques de Israel contra Gaza com referências ao Imolação, e também por discursos antigos referentes ao agronegócio e críticas políticas. O projeto foi rejeitado em plenária, em placar apertado.
Ano pretérito, ele foi meta de processo de cassação por ter comparado a gravidez de mulheres com a gravidez de vacas em ao menos três ocasiões. As falas tiveram repercussão pátrio e foi repudiada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A principal ocorreu em maio deste ano em sessão na Frente Parlamentar contra o Monstro:
— Quando minha vaca entra no cio, está no período fértil, e o touro cobre minha vaca, portanto ela está prenha. Isso é oriundo. Agora, eu pergunto a qualquer pessoa: o que tem na bojo da minha vaca? Se você pedir para essas feministas ou para essas pessoas que defendem o assassínio de bebês no ventre das mães, elas vão proferir que lá tem o feto. Não é o novilho. Assim porquê eles falam da mulher, que dentro da bojo até a sexta semana é amontoado de células.
Já em 2022, o Ministério Público do Mato Grosso (MP-MT) pediu a investigação do deputado por ter compartilhado uma imagem de uma garoto segurando uma arma de queimada. Na ocasião, ele respondeu que o arsenal era de “brinquedo”.