Sim, Fonseca deixou a desejar, e ele sabe disso. Aliás, se houve um tanto de extremamente positivo no dia foi o diagnóstico do carioca sobre o que aconteceu e o que faltou em seu tênis.
“Não joguei nem perto do meu melhor tênis. Hesitando muito nas horas de fazer. Muito nervoso. Acho normal, mas não consegui me volver. Não consegui buscar zero. Bom… Acontece. É seguir trabalhando. Não foi uma gira boa de resultados, mas com certeza de muito, muito tirocínio, da secção minha junto com meus treinadores. Acho que foi uma gira positiva.”
Outro ponto que vale sobresair – e que talvez passe derrotado para a maioria das pessoas – é que Fonseca, diferentemente do que a maioria dos brasileiros fez nos últimos anos, optou por passar quatro semanas seguidas jogando na grama para melhorar o seu tênis nesse piso. É um projecto de longo prazo, que faz todo sentido para quem está exclusivamente em sua primeira temporada completa porquê profissional.
“A gente está pensando no porvir. É aonde eu quero chegar. Quero fazer bons resultados em Wimbledon nos próximos anos, portanto é pensando no porvir. Muitas pessoas perguntam o porquê de eu estar jogando esses torneios cá, quatro semanas na grama, mas é pensando no meu porvir, na minha evolução porquê jogador. Achei a experiência maravilhosa. Foi sensacional jogar um torneio desse, meu torneio predilecto. Na grama, os jogos acabam escapando muito rápido. Tem que ter muito foco na hora do saque… Nas devoluções, tem que estar focado também nas oportunidades que vão nascer… Mas, enfim, é seguir trabalhando.”
Coisas que eu acho que acho:
– É evidente que no mundo ideal João teria virado o jogo e avançado no quali, levando todo esse tirocínio. Não aconteceu. Paciência. Porém, repito e vou além: o diagnóstico de hoje, feito pelo próprio João, é um belo sinal. Assim porquê seu calendário de grama, é um passo a mais do que alguns brasileiros deram no piso nos últimos anos.