Maio 6, 2025
Frana decreta estado de emergncia na Novidade Calednia aps mortes em distrbios

Frana decreta estado de emergncia na Novidade Calednia aps mortes em distrbios

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Na capital do arquip
Na capital do arquiplago, Noumea, ainda ouviam-se tiros nesta quinta-feira de manh (Crdito: Delphine Mayeur / AFP)

A França declarou estado de emergência nesta quarta-feira (15) e enviou o Tropa para os portos e o aeroporto internacional de Novidade Caledônia, um território no Pacífico assolado por distúrbios que deixaram quatro mortos e centenas de feridos.

Os protestos eclodiram em resposta a uma reforma do recenseamento eleitoral promovida pelo governo gaulês que, segundo líderes do povo indígena canaco, diluirá sua influência nas instituições deste território com amplas competências transferidas por Paris.

Desde segunda-feira, leste arquipélago tem sido palco de confrontos entre manifestantes e policiais, saques a lojas, incêndios em prédios públicos ou escolas e ataques a tiros.

Na capital do arquipélago, Noumea, ainda ouviam-se tiros nesta quinta-feira de manhã (noite de quarta em Brasília) depois uma novidade noite de distúrbios. Em um bairro empobrecido no setentrião da cidade, muitas lojas foram destruídas, constatou um repórter da AFP.

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“A violência é intolerável e receberá uma resposta implacável para prometer o restabelecimento da ordem”, disse a presidência francesa ao anunciar a decisão de Emmanuel Macron de impor o estado de emergência.

O primeiro-ministro gaulês, Gabriel Attal, anunciou o envio do Tropa “para proteger os portos e o aeroporto de Novidade Caledônia”, a implementação de um toque de recolher e a proibição do TikTok, que, segundo ele, está sendo usado pelos tumultuadores.

O estado de exceção, estabelecido em diferentes pontos do país em oito ocasiões desde a sua geração em 1955, entrou em vigor às 05h00 de quinta-feira (15h00 de quarta-feira em Brasília) neste território colonizado pela França no meio do século XIX.

“O Estado terá poderes maiores para manter a ordem” e poderá “preceituar proibições de circulação, prisões domiciliares e buscas”, disse a porta-voz do governo, Prisca Thévenot.

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Além de impor um toque de recolher noturno, as autoridades proibiram reuniões públicas, o porte de armas e a venda de álcool no território.

As autoridades francesas disseram que quatro pessoas morreram, incluindo um gendarme de 22 anos baleado, e “centenas” ficaram feridas, incluindo 64 agentes de segurança.

No totalidade, muro de 200 pessoas foram presas por distúrbios, muro de 70 nas últimas 24 horas, disse nesta quinta-feira o representante do Estado na região, Louis Le Franc, que falou de uma situação “insurrecional” neste arquipélago de 270 milénio habitantes.

APELOS À ‘CALMA’

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Os protestos começaram na segunda-feira, quando a Reunião Vernáculo começou a debater em Paris a reforma do recenseamento eleitoral, que foi aprovada pelos deputados nesta quarta-feira pouco depois da meia-noite do horário lugar.

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Por se tratar de uma reforma constitucional, o texto deve ser submetido ao voto das duas câmaras e obter mais de 60% de esteio antes de ser definitivamente validado.

Macron disse que convocaria esta sessão “antes do final de junho” a menos que os independentistas de Novidade Caledônia e os partidários da permanência na França aprovem uma reforma selecção.

Atualmente, unicamente os eleitores inscritos em 1998 e seus descendentes podem participar das eleições regionais deste arquipélago. A reforma prevê incluir pessoas residentes lá há dez anos.

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Os independentistas consideram que a ampliação do recenseamento reduzirá a influência proporcional dos habitantes originais canacos nas instituições.

Macron propôs aos deputados do território um debate por videoconferência nesta quinta-feira para abordar a situação.

Em enunciação conjunta, os principais partidos pró-independência e os leais à França pediram calma à população.

‘MACRON, ESTENDA À MÃO’

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Localizado muro de 1.200 quilômetros a leste da costa da Austrália, leste arquipélago é um dos muitos territórios ultramarinos que a França tem espalhados no Pacífico, no Oceano Índico e no Caribe.

Graças ao convénio de Noumea de 1998, Paris delegou mais poder político à Novidade Caledônia e até permitiu a realização de três referendos, todos decididos contra a independência.

Leste pacto, conseguido uma dez depois dos acordos de Matignon que puseram termo a uma dez conflituosa nos anos 1980, também congelou o recenseamento para as eleições provinciais neste território, em que quase 20% dos eleitores não podem votar.

Considerando a disposição “absurda” e contrária aos princípios democráticos, o governo gaulês propôs uma reforma constitucional para incluir pessoas estabelecidas na Novidade Caledônia há pelo menos dez anos.

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Para a oposição de esquerda francesa, Macron é responsável pela situação atual, ao querer impor uma reforma que mina o convénio de Nouméa e à qual o movimento independentista Kanak se opõe.

“Presidente Macron, estenda a mão! Faça gestos simples que salvem vidas e a nossa honra porquê povo gaulês aos olhos do mundo!”, apelou o líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon.

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