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Flaviane Lima, que responde pela morte de Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, teria pedido que duas funcionárias da creche mentissem sobre o caso. Em depoimento à Polícia Civil, divulgado pelo “Bom Dia Goiás” nesta sexta-feira (21), uma delas disse que a dona do berçário entrou em desespero ao constatar o óbito do menino.
Ele foi esquecido por Flaviane dentro do carro, onde ficou por cerca de quatro horas exposto a um calor de 30º. O caso aconteceu nesta terça (18), em Nerópolis, na região metropolitana de Goiânia. Segundo o depoimento da funcionária, antes de o Corpo de Bombeiros chegar ao local, sua patroa pediu que ela e outra mulher falassem para os socorristas que Salomão “estava dormindo no berçário”.
Além disso, a dona da creche teria dito: “O que vai ser da minha vida? A mãe da criança vai me matar! Como eu esqueci ele dentro do carro?”. Às autoridades, a depoente acrescentou que sentiu falta de Salomão na sala e, por volta das 16h45, perguntou para Flaviane por que ele não estava no berçário.
Ainda de acordo com a mulher, a empresária saiu com o objetivo de ir embora. No entanto, retornou cinco minutos depois com o menino colo, que estava “mole e todo roxo”. Ao todo, cinco funcionárias da instituição já foram ouvidas pela polícia. O advogado de Flaviane, porém, não se pronunciou sobre as últimas declarações. Ela continua presa.

Em seguida, Flaviane teria colocado a criança na pia e jogado água em seu rosto, tentando reanimá-la. A funcionária também relatou que acompanhou Salomão na viatura dos bombeiros até a unidade de saúde. A dona da creche, por sua vez, permaneceu no local, pois “ficou com medo de encontrar a família de Salomão”. A vítima foi levada para o Hospital Sagrado Coração de Jesus, mas não resistiu.
Para o delegado responsável pelo caso, André Fernandes, embora Flaviane tenha omitido o que realmente aconteceu, a manobra não interferiu na investigação. “Primeiro foi apresentado uma versão e depois outra. Essa segunda versão foi a que realmente todos os funcionários foram unânimes em informar que na realidade houve o esquecimento”declarou à TV Anhanguera.
Como a família descobriu
Já o pai de Salomão, Vilmar Faustino Batista, relatou como a família recebeu a notícia. “Eu tinha acabado de chegar do trabalho, minha esposa ainda estava no serviço. Eles ligaram para ela ir até o hospital, pois o Salomão estava lá. Não falaram o que aconteceu ou qual era a gravidade da situação”recordou em entrevista ao Jornal Anhanguera.
“A gente chegou lá e recebeu um choque, pois não esperava que era algo daquela magnitude. Ele estava em reanimação para tentar ver se ele voltava. Logo mais a gente recebeu a notícia de que ele tinha vindo à óbito”contou o pai, emocionado. O velório do menino foi realizado na quarta-feira (19).

Apesar de não falar com a imprensa, a mãe de Salomão, Giselle Faustino, postou um relato sensível nas redes após a morte do filho. “Meu filho amado, meu eterno Mamão! Salomão você ficou tão pouco tempo com a mamãe, você levou todo meu coração e minha alegria. Como eu viverei sem você? Como eu chegarei em casa agora e não presenciar sua alegria? Filho, que pesadelo, a mamãe está vivendo”desabafou.
“Filho, eu não consigo fechar o olho sem imaginar seu sofrimento. Perdoa a mamãe, meu amor. Eu queria fazer tanto por você, eu supliquei tanto por sua vida naquele hospital! Do que me adianta viver agora e não ter a alegria, a sua alegria. Do que me adianta viver e não poder escutar mais a sua voz e sua doçura? Filho não demora [para] buscar a mamãe não. Eu tô com tanta saudade de te amamentar e de te abraçar! Por favor, meu filho, me busca logo”pediu Giselle.
Veja:
O que diz a dona da creche
Em sua primeira audiência de custódia, Flaviane admitiu ter esquecido Salomão dentro do carro e descreveu como tudo ocorreu. “Eu desci na porta do berçário e entrei. Eu subi e fiz minha rotina por volta de quatro horas. Falei para uma das tias que eu ia embora, pois estava com muita dor de cabeça”narrou.
“Quando eu abri o carro, o Salomão dobrou o corpinho dele na cadeirinha. Quando vi, desamarrei rápido da cadeirinha e levei ele para dentro. A gente ligou para os bombeiros. Eu tentei fazer os primeiros socorros, mas a gente percebeu ali que ele já não estava mais”continuou a mulher.

Para o promotor, a dona da creche assumiu os riscos de matar a criança e, por isso, deve responder por homicídio. O Ministério Público, por sua vez, disse que a mulher foi negligente ao esquecer Salomão dentro do carro por quatro horas.
“A gravidade dos fatos não pode ser subestimada. Trata-se de uma criança de apenas 2 anos, sob a responsabilidade direta da autuada. Na condição de proprietária do berçário, tinha o dever legal e profissional de zelar pela integridade e segurança daqueles que lhe foram confiados”salientou o promotor Daniel Parreira.
Assista:
Flaviane Lima em 1° audiência após morte de Salomão Faustino, de 2 anos pic.twitter.com/xznk0e06fd
– wwlbd ✌🏻 (@whatwouldlbdo) 20 de fevereiro de 2025
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