Setembro 19, 2024
Gelo e um “parafuso chato”. O que pode explicar a descontrolada queda do avião no Brasil
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Peritos estão no local para perceber o que correu mal na queda do avião da Voepass

Um acidente está a chocar o Brasil. As imagens mostram um avião comercial a perder o controlo e a cair numa espiral descendente até uma zona residencial, em Vinhedo, no interior de São Paulo, quando faltavam oito minutos para aterrar no aeroporto de Guarulhos. Todas as 61 pessoas que iam a bordo morreram. Pouco se sabe sobre as causas do acidente, mas os especialistas afirmam que, antes de cair, o avião fez um movimento conhecido como um “parafuso chato”.

“Olhando para as imagens, que são absolutamente chocantes, o que nós vemos é um avião completamente fora de controlo. Perdeu completamente o controlo. Ouvem-se os motores a trabalhar, o que demonstra que é uma situação de perda de sustentação – as asas pararam, por qualquer razão – de sustentar o avião”, afirma o piloto e ex-comandante da TAP, José Correia Guedes.

O motivo deste descontrolo é, para já, desconhecido. No entanto, Correia Guedes destaca o facto de horas antes do acidente ter surgido uma SIGMET, uma nota meteorológica considerada urgente, que alertava para a possível formação de gelo na região e na altitude em que a aeronave se encontrava quando perdeu o controlo e iniciou a trajetória descendente. Geralmente, as aeronaves vêm equipadas com um sistema de degelo, mas este pode não ter sido acionado, levando o avião a perder a sustentação. Este avião, um ATR 72-500 com capacidade para 74 passageiros, tem um sistema de degelo, embora seja diferente do sistema de aeronaves de maiores dimensões, uma vez que opera a altitudes mais baixas.

“O avião perdeu o controlo dentro da área onde havia a possibilidade de formação de gelo”, sublinha.

Esta hipótese é, para já, a que reúne mais consenso entre os especialistas. O engenheiro aeronáutico Celos Faria de Souza, perito criminal em acidentes aeronáuticos e diretor da Associação Brasileira de Segurança de Voo (Abravoo), afirmou à imprensa brasileira que tendo em conta que as imagens – que mostram a aeronave com a sua estrutura intacta – existe “cerca de 95%” de probabilidade de a formação de gelo na asa do avião ter sido a causa do acidente.

Horas antes, um piloto de um A320 aterrou no aeroporto de Guarulhos, para onde se dirigia a aeronave que caiu, reportou ter tido a formação de gele na janela lateral do cockpit.

A confirmar-se, esta tese explicaria o movimento feito para aeronave, conhecido nas manobras acrobáticas como flat spin ou “parafuso chato”, com o avião a perder a sustentação e a cair na vertical em espiral. A queda foi de tal forma que o avião perdeu 5 quilómetros de altitude em menos de dois minutos. Durante a sua formação, os pilotos recebem a formação necessária para recuperar o controlo da aeronave. O facto de o piloto deste avião não ter conseguido recuperar o controlo da aeronave pode ir ao encontro da hipótese do gelo nas asas.

Ainda assim, é necessária uma investigação que pode demorar vários meses e, em alguns casos, anos. O primeiro passo é a recuperação da caixa negra, que regista várias métricas do avião, incluindo as gravações de voz no cockpit, até ao momento da queda.

“Todos estes aviões são equipados com as caixas negras – que na verdade são laranjas – que têm um gravador de voz que regista todas as conversas do cockpit, um medidor de parâmetros de voo, faz uma radiografia completa ao avião. Estas caixas negras estão situadas na cauda do avião, que é a zona de menos impacto”, referiu.

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