Maio 6, 2025
Grupo Consultivo Macroeconômico prevê Selic em 9,25% ao final de 2024 – ANBIMA

Grupo Consultivo Macroeconômico prevê Selic em 9,25% ao final de 2024 – ANBIMA

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Acesse o histórico de projeções do grupo, cá.

Introdução

Para o Grupo Macroeconômico da ANBIMA, a melhora do balanço de riscos para a inflação refletiu-se, nas últimas semanas, em sucessivas reduções para as projeções de juros. As estimativas apontam um ritmo de queda de 0,50 pontos-base nas próximas reuniões do Copom até agosto, com a Selic permanecendo em 9,25% a.a. até o final do ano. Em relação à economia norte-americana, ainda há dúvidas em relação a quando o ALIMENTADO deverá iniciar o ciclo de redução dos juros. A resiliência da atividade e o mercado de trabalho aquecido aumentam a possibilidade de os juros começarem a desabar somente em junho. Outros economistas, entretanto, acreditam que os efeitos defasados da política monetária restritiva já começam a fazer efeitos na atividade econômica e na inflação e que essa queda pode ocorrer entre março e maio.

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Cenarios para Economia - tabela de medianas.png

Política monetária

O debate sobre política monetária ressaltou o envolvente desinflacionário que vem marcando o cenário econômico doméstico nos últimos meses. A melhora do balanço de riscos tem se refletido não unicamente nos resultados correntes da inflação, mas também em sucessivas reduções para as projeções de juros ao final deste ano.
A maior secção dos analistas ressaltou a menor pressão dos preços de vitualhas no IPCA, resultado da queda das cotações internacionais das commodities agrícolas e da opinião da taxa de câmbio. Na avaliação dos economistas, a manutenção desse cenário aumenta a chance de as expectativas de inflação se aproximarem do meio da meta do próximo ano (3,0%), o que facilitaria ainda mais o trabalho da Domínio Monetária para 2025.

Projecao da Meta da Taxa Selic para 2024.png

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A trajetória da mediana da taxa Selic indica um ritmo de queda de 0,50 pontos-base nas próximas reuniões do Copom até agosto. A partir de logo, a taxa permanecerá em 9,25% a.a. até o final do ano. A mínima e a máxima apuradas para a taxa terminal deste ano ficaram em 7,75% a.a. e 10,0% a.a., mostrando que ainda não é consenso dentro do grupo até onde a Domínio Monetária poderá trinchar a taxa Selic.
Um dos argumentos daqueles que apostam em quedas adicionais da taxa Selic é que, mantidas as projeções atuais, os juros reais ao final do ano ainda estarão no campo restritivo, supra de 5,0%, em um momento em que as expectativas de inflação podem convergir para a meta do próximo ano.
Mesmo assim, alguns analistas alertam que existem riscos que não devem ser desprezados. Na economia norte-americana, a resiliência da atividade econômica e os eventuais ruídos em ano eleitoral devem trazer volatilidade ao envolvente econômico, que pode afetar a trajetória da taxa de câmbio. No campo doméstico, a política fiscal expansionista, aliada a um aumento de renda da população, pode pressionar a inflação, sobretudo no segmento de serviços, que é mais sensível às variações do poder aquisitivo das famílias.

Inflação

Quanto à inflação, o grupo reduziu a previsão de 3,9% para 3,8%. Entre as estimativas, 40% situam-se no pausa entre 3,6% e 3,9%, enquanto 28% estão entre 3,3% e 3,6%, e outros 28% se encontram no pausa entre 3,9% e 4,2%. A mínima e a máxima apuradas ficaram em 3,0% (meio da meta deste ano) e 4,1% (aquém do teto da meta de 4,5%), respectivamente.

Projecao IPCA 2024.png

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Cenário extrínseco

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No debate sobre o cenário extrínseco, as casas estrangeiras ressaltaram que ainda há dúvidas quanto à data de início do ciclo de queda dos juros pelo ALIMENTADO. Para secção desses analistas, a resiliência da atividade diante do consumo das famílias e do mercado de trabalho aumenta a possibilidade de que essa redução comece somente em junho. Outros economistas, entretanto, acreditam que os efeitos defasados da política monetária restritiva já começam a fazer efeitos na atividade econômica e na inflação, e o ALIMENTADO poderá antecipar essa queda para o período entre março e maio.
Na avaliação sobre a economia norte-americana, outros fatores citados podem motivar volatilidade, sobretudo os elevados volumes de emissão da dívida pública e os ruídos em torno das eleições presidenciais marcadas para novembro. A piora do envolvente econômico é vista porquê um risco para o incremento global e a inflação, sobretudo para as economias emergentes, pela transmissão da taxa de câmbio.
A despeito desses possíveis riscos, os economistas acreditam que o cenário está mais construtivo para os países emergentes, já que a iminência de redução dos juros norte-americanos abre oportunidades para alocação nesses mercados. A economia brasileira pode se beneficiar nesse contexto diante de uma perspectiva de incremento doméstico moderado, inflação em queda e ainda com juros atrativos.

Câmbio

O Grupo Macro reduziu a previsão para a taxa de câmbio ao final deste ano de R$ 5,00 para R$ 4,90, o que corresponde a uma opinião de 1,2%. Entre as estimativas, 54% dos analistas acreditam que a cotação deve se situar no pausa entre R$ 4,80 e R$ 5,00; 17% estimam que o câmbio fique entre R$ 4,60 e R$ 4,80; e outros 17% entre R$ 5,00 e R$ 5,20. A mínima e a máxima apuradas foram, respectivamente, de R$ 4,60 e R$ 5,30.

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projeção ptax dez_2024.png

Atividade econômica

No debate sobre a atividade, o Grupo Macro elevou a previsão para o PIB deste ano, de 1,6% para 1,7%. Em relação ao PIB trimestral, os analistas esperam um progressão de 0,40% no primeiro trimestre, seguido de duas elevações de 0,50% no segundo e no terceiro trimestres, respectivamente, fechando o ano com um aumento de 0,50%. Na avaliação dos economistas, a demanda doméstica deverá ser o fator indutor de incremento diante da maior disponibilidade de renda das famílias (elevação do salário mínimo, transferências de renda, menor dispêndio do crédito) conjugada com uma política fiscal mais expansionista.

Projecoes do PIB trimestral para 2024.png

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Evolucao das projecoes do PIB para 2024.png

Politica fiscal

O Grupo Macro manteve a projeção para o déficit primordial deste ano em 0,80% do PIB. Houve debate entre os analistas quanto aos eventuais impactos da novidade política industrial do governo sobre as contas públicas e a alocação de investimentos na economia, assim porquê a possibilidade de mudança na meta do resultado primordial ao longo deste ano. As previsões do grupo para a dívida bruta foram reduzidas de 78,6% do PIB para 78,0% do PIB no final de 2024.

Projecoes Fiscais para 2024.png

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Fonte

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