Hot News
“Good news is no news” (boa notícia não é notícia), já diziam os jornalistas americanos no século passado, quando não existiam celulares e redes sociais, e a concorrência se limitava a meia dúzia de veículos em cada mídia e se baseava em quem tinha as melhores histórias para contar, boas ou ruins.
Esta semana, Lucia Guimarães, correspondente da Folha em Nova York, escreveu em sua coluna “O crime cai, e o medo sobe em Nova York” sobre a receita infalível para ganhar a atenção do distinto público:
“Muito antes da era digital e do jornalismo caça-cliques, o popular ditado nas redações locais era “if it bleed, it leads” (se sangra, dá manchete). Era a época dos jornais populares em que “espremendo, sai sangue”, campeões de circulação nas bancas.
Agora, com uma séria crise de audiência do “Fantástico”, leio no jornal que a direção da Globo encontrou um culpado: o excesso de matérias mais leves, de entretenimento, em lugar das reportagens policiais sobre crimes, escândalos, casos bizarros, denúncias, corrupções, o cardápio dos programas popularescos dos finais de tarde na concorrência.
Se por acaso acontece alguma coisa boa no país, o crescimento do PIB ou a queda do desemprego, como aconteceu esta semana, sempre tem um “mas” para relativizar. “Economia cresce no primeiro semestre, mas pode estagnar no segundo”, “Emprego e renda crescem, mas podem gerar mais inflação”.
Num mundo dominado por barbaridades diárias dos trumps, putins, musks e netanyahus da vida (e da morte), o que nunca falta são más notícias, tornando o mundo cada vez pior e mais inseguro e gerando uma depressão coletiva, no qual o antigo estado do bem-estar social dá lugar ao mau humor generalizado e à desesperança.
#hotnews #Brasil #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual