Março 18, 2025
Hospital Regional de Santa Maria incentiva a amamentação beirada leito

Hospital Regional de Santa Maria incentiva a amamentação beirada leito

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A prática consiste em ordenhar o leite materno ao lado do bebê que ainda se alimenta por sonda

Jurana Lopes

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A pequena Helena pesava exclusivamente 560 gramas quando nasceu, em 5 de outubro de 2023, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Prematura extrema, hoje, ela já consegue mamar e está no processo de lucro de peso e retirada da sonda de sustento para poder, enfim, receber subida e saber sua morada.

Apesar de ter tido várias intercorrências, o leite materno de sua mãe foi crucial para seu desenvolvimento. Desde quando a garotinha estava na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), sua mãe, Fabíola dos Reis, de 36 anos, fazia a ordenha na beirada do leito para que Helena pudesse receber sempre o leite da própria mãe, tirado na hora que ela fosse se fomentar.

“Acho que zero substitui o nosso leite, porque ele tem tudo que o bebê precisa. Há murado de quinze dias ela começou a mamar diretamente no meu peito e não tem sensação melhor. Acredito que muito em breve ela não precisará mais da sonda e vamos receber subida médica”, afirma emocionada. Helena nasceu com exclusivamente 25 semanas de gravidez e está internada há mais de três meses.

Mãe Nutriz

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A amamentação é extremamente importante para o desenvolvimento dos recém-nascidos, principalmente os prematuros. Prezando por um guarida respeitoso e humanizado, o HRSM possui duas enfermarias Mãe Nutriz, sendo uma na UTIN e outra na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCIN), com dez leitos cada, totalizando 20 leitos.

O lugar é talhado para que as mães dos bebês internados na UTIN e na UCIN fiquem em período integral e consigam repousar com mais privacidade e menos fragor uma vez que monitores e cuidados da assistência. Aliás, os pais têm livre entrada à unidade 24h e ambos podem fazer o contato pele a pele com o bebê através do método Canguru.

Benefícios

A director da UCIN, Rosane Medeiros, destaca que a enfermaria Mãe Nutriz é importante e acaba contribuindo para que as mães façam a amamentação beirada leito, que é ordenhar o leite ao lado do fruto e já entregar para a enfermeira colocar na sonda imediatamente, ainda quente.

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“O ideal é que o bebê receba o leite da própria mãe, pois ele tem todos os anticorpos que ele precisa e previne infecções, continua totalmente puro quando tirado beirada leito. Por isso, incentivamos todas as mães a fazerem essa ordenha enquanto seu fruto ainda não consegue mamar”, explica.

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Quando vão amamentar, as mães utilizam a poltrona beirada leito e ficam olhando para seu bebê enquanto fazem a ordenha, o que ajuda a descida do leite com essa aproximação. “Dessa forma há menos risco de contaminação do leite e sem premência de pasteurização no Banco de Leite Humano”.

Quem defende a amamentação beirada leito é Érica Ribeiro, 24 anos. Ela sempre ordenhou o leite ao lado da filha, a pequena Maria Grasielly, que nasceu em 9 de setembro, com exclusivamente 875 gramas. Ao longo dos quatro meses internada acompanhando o desenvolvimento dela, conta que sabe que isso faz a diferença no desenvolvimento e progresso da filha.

“Passei muito tempo tendo que ordenhar o leite pra ela. Apesar de extenuante, vale muito à pena, porque sei que no meu leite estão todas as vitaminas que ela precisa. Sei que ela se desenvolve melhor e também aumenta a minha produção. Aliás, a minha presença sempre perto também faz muito”, relata.

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Hoje, a prematura extrema, que chegou a ter uma paragem cardiorrespiratória e várias intercorrências, está saudável, pesando 2.615 kg e está em reparo da função pulmonar para receber subida e enfim, ir para morada. Depois de tanto tempo internada, esse é o maior libido de Érica.

Sobre seu atendimento, ela só faz elogios ao atendimento humanizado recebido. “Fui muito muito tratada cá dentro, muito acolhida por todo mundo. A equipe é óptimo, sempre me deram escora em tudo, recebi escora psicológico. Vejo que sempre cuidaram da minha filha com muito desvelo e carinho e fico feliz por isso”, avalia.

Equipe multidisciplinar

Prestar assistência às mães durante a amamentação é de fundamental valor. Sabendo disso, o HRSM investe em atenção especializada, dispondo de uma equipe multiprofissional composta por pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros e técnicos capacitados para observar mães e bebês.

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Marcília Silva, 31 anos, é mãe do Eduardo, nascido em 16 de dezembro. O garotinho nasceu com mais de 4kg e muito, porém precisou permanecer na UCIN porque tem um problema na língua que necessita de avaliação de pediatra, fonoaudiólogo e dentista. Por conta disso, o bebê usa sonda para se fomentar.

“Tenho pouco leite, mas faço a ordenha beirada leito e as enfermeiras dão o leite logo em seguida para ele. Estou aguardando avaliação pra ver se ele vai conseguir mamar ou não no peito para depois irmos para morada”, relata.

Especialistas defendem o que o amamentação beirada leito pode melhorar muito a relação entre a mãe e o recém-nascido e aumentar a produção de leite, pois quando a mãe está ao lado vendo seu bebê muito, isso faz com que ela libere ocitocina, o que facilita a saída do leite.

Fotos: Jurana Lopes/IgesDF

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Fonte

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