Ele também disse relatar com a ajuda de sua outra filha, a Laura. “Se vejo um stand-up e tem uma piada falando de varão e mulher, eu mando no grupo da família ‘vocês acham que é machismo?’, e elas falam ‘é machismo’. Aprendo com elas que não é só uma farra. É um processo eterno [de letramento]e eu nunca vou ser à prova de falhas.”
Tadeu diz crer que a sociedade caminha para um horizonte sem preconceito. “Não tenho a pretensão de ver esse horizonte, mas imagino que daqui a 200 anos vão olhar para trás e pensar ‘meu Deus do firmamento, no século 21 as pessoas se importavam com a orientação sexual dos outros por quê? O que interessa a orientação sexual de alguém?’ Isso não me diz reverência e mais: não tem absolutamente zero que diga que é incorrecto ou que é ruim.”
Ele pontua porquê sua geração não aceita flutuação. “Eu cresci numa sociedade homofóbica. Sou de uma geração absolutamente homofóbica, que ia para o estádio e atacava o outro por xingamentos homofóbicos, que fazia piada homofóbica, que criticava alguém e falava assim ‘ah, fulano tem sucesso, mas é gay, né?’, porquê se isso fosse um problema.”
Eramos mais preconceituosos no pretérito, estamos menos preconceituosos hoje e seremos muito menos preconceituosos no horizonte até um ponto em que vai ultimar o preconceito. É um caminho inexorável, não tem porquê voltar detrás. Tadeu Schmidt