Março 20, 2025
IPCA fica negativo em 0,02% em agosto, na primeira deflação desde junho de 2023
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Em agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para observar o comportamento da inflação, ficou negativo em 0,02% de acordo com informações divulgadas pelo IBGE nessa terça-feira (10). O resultado veio menor que o esperado pelos analistas de mercado, que calculavam alta de 0,01%. É a primeira deflação desde junho de 2023.

* O desempenho foi puxado pela queda nos preços dos alimentos e bebidas (-0,44%) e na conta de luz;

* No ano, no entanto, a inflação acumulada é de 2,85%;

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* Já nos últimos 12 meses, o acumulado é de 4,24%, abaixo do teto da meta de inflação para 2024.

O resultado vem após a previsão para 2024 da Selic, a taxa básica de juros, saltar de 10,5% para 11,25% ao ano, segundo o Boletim Focus. O relatório, que reúne as projeções de analistas de mercado, também revisou para cima a projeção do IPCA para o ano, de 4,26% para 4,3% no ano.

Na alimentação, houve queda nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). De acordo com Denise Cordovil, pesquisadora do IBGE, o clima mais ameno no meio do ano favoreceu a produção desses alimentos, contribuindo para a colheita e as safras.

“Houve um ganho de produtividade que aumentou a oferta de legumes e tubérculos, o que influenciou uma queda desses preços. Por outro lado, teve uma oferta mais limitada das frutas, também por conta do clima, que as afeta de forma diferente”, explicou.

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Outro fator que influenciou a deflação do mês de agosto foi a mudança da bandeira tarifária de energia. Em julho, ela estava amarela, mas passou para verde no mês passado.

“A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, pontuou André Almeida, gerente da pesquisa.

Há três cores para as bandeiras tarifárias, que indicam cenários mais ou menos favoráveis de oferta de energia e mexem com a conta de luz. A verde significa que não há cobrança extra sobre o consumo, pois os reservatórios das hidrelétricas estão cheios e a situação de oferta de energia é confortável.

A bandeira amarela indica alguma preocupação com a geração de energia. Neste caso, as tarifas dos consumidores são acrescidas em R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

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Já a bandeira vermelha aponta que há limitações de oferta, daí a necessidade de cobrança extra, para inibir o consumo. A bandeira vermelha no patamar 1, que entrou em vigor em 1º de setembro, significa um acréscimo de R$ 4,463 para cada 100 quilowatt-hora consumidos.

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Analistas

Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, embora os resultados de agosto não tenho sido muito diferentes da projeção dos analistas, a expectativa era de que poderia haver uma deflação maior nos alimentos. Ele considera os resultados positivos, mas explica que isso não vai impedir o aumento dos juros nos próximos meses.

“Eu fiquei surpreso com os resultados qualitativos do IPCA de hoje, mas não alivia muito para o cenário inflacionário, deve ficar muito próximo do teto da meta até o final do ano. Ainda assim, é uma notícia positiva que dá uma leve aliviada para o Banco Central em um momento difícil e importante, uma semana antes da reunião do Copom. A gente só têm comentado sobre fatores que preocupam o BC, com a simetria altista para a inflação, e essa deflação com certeza é bem-vinda.”

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O economista explica que, embora os resultados da inflação sejam importantes para a definição da taxa Selic, ainda existe todo um contexto que está influenciando nas previsões de aumento dos juros, como a questão fiscal, a desancoragem das expectativas e o câmbio, fatores que tornam difícil manter a taxa estável de 10,5%.

“Está cada vez mais difícil manter esse cenário de Selic estável, a gente está revisando, inclusive com o efeito pós-PIB, que veio surpreendentemente alto na semana passada, então é uma atividade econômica performando mais, então acabam entrando várias outras fatores.”

Para Cadilhac, os principais fatores de risco que podem levar a inflação a estourar o teto da meta esse ano são os alimentos, que já estão voltando a subir os preços, e a bandeira tarifária da energia elétrica, se continuar no vermelho nos próximos meses. Ambos estão relacionados à questão das secas e das queimadas.

Já para Reginaldo Nogueira, economista e diretor nacional do Ibmec, os resultados vieram em linha com a expectativa do mercado, que esperava um cenário de estabilidade. Ele acredita que o recuo um pouco maior, chegando em deflação, aconteceu porque a queda nos preços da energia elétrica teve um impacto no segmento de habitação maior que o esperado.

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“É um resultado positivo, porque mostra estabilidade em agosto, e ajuda a retirar a inflação de um nível muito próximo do limite da meta, então dá um alívio, mas não é um número suficiente para alterar fundamentalmente o que a gente espera de inflação até o final do ano, que deve ficar na casa dos 4,3%”, explica.

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