Avançar para o conteúdo

IPCA sobe mais que o esperado em maio com impacto de enchente no RS

Continue apos a publicidade

Acessibilidade




A subida dos preços no Brasil foi mais intensa do que o esperado em maio, com os custos de sustento intensificados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul e a inflação de serviços pesando mais no bolso dos consumidores e mantendo o sinal de alerta.

Continue após a publicidade

Em maio, o Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Vasto (IPCA) teve subida de 0,46%, informou o Instituto Brasílico de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. No mês anterior a subida havia sido de 0,38%.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, curso, tecnologia e estilo de vida

A leitura ficou supra da expectativa em pesquisa da Reuters de um progressão de 0,42% no mês e levou o IPCA a reunir em 12 meses subida de 3,93%, contra projeção de 3,89%.

O núcleo da meta para a inflação, medida pelo IPCA, levante ano é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

“Esse é o primeiro resultado que a gente claramente vê os impactos das fortes chuvas (no Rio Grande do Sul)”, disse o gerente da pesquisa, André Almeida, destacando que Porto Satisfeito foi a dimensão de abrangência apurada pela pesquisa com maior variação do IPCA em maio, de 0,87%.

Continue após a publicidade

A capital gaúcha tem peso de 8% no índice de preços e, por conta das inundações que abalaram o Estado no final de abril e em maio, o IBGE explicou que a coleta da pesquisa não foi suspensa na região, mas as entrevistas por telefone, internet e email tiveram que ser intensificadas.

“Não tivemos informações de farmácias, mercados de menor porte, víveres de feiras livres. Serviços de conserto de celular, de bicicleta e eletrônicos não tiveram uma vez que fornecer dados e informações e precisamos fazer imputações”, disse Almeida.

As principais altas no Rio Grande do Sul em maio foram da batata-inglesa (23,94%), do gás de botijão (7,39%) e da gasolina (1,80%).

“Porquê os efeitos da calamidade não se esgotaram, temos que ver os próximos efeitos. A tragédia afetou capacidade produtiva, logística, escoamento e outros, e isso será medido”, completou o gerente da pesquisa.

Continue após a publicidade

O resultado universal do IPCA em maio foi pressionado pelos preços dos víveres e bebidas, que subiram 0,62% na conferência mensal, embora a subida tenha desacelerado perante a taxa de 0,70% de abril.

Continue após a publicidade

A maior influência veio de tubérculos, raízes e legumes, que subiram 6,33%, com destaque para batata-inglesa, que exerceu o maior impacto individual sobre o índice universal com aumento de 20,61% devido à redução da oferta e à situação no Rio Grande do Sul.

Habitação e saúde

O segundo grupo que mais influenciou o resultado universal do IPCA foi o de habitação, com progressão de 0,67%, impulsionado pela subida de 0,94% da força elétrica residencial em seguida reajustes tarifários.

A maior variação entre os grupos, por sua vez, foi registrada por saúde e cuidados pessoais, de 0,69%, com o aumento de 0,77% nos preços do projecto de saúde e de 1,04% dos itens de higiene pessoal.

Continue após a publicidade

Já a inflação de serviços passou a subir 0,40% em maio, de 0,05% no mês anterior, acumulando em 12 meses subida de 5,09%.

O índice de espalhamento, que mostra o espalhamento das variações de preços, manteve-se em maio em 57%,

A potencial pressão sobre a inflação dos salários em um mercado de trabalho aquecido vem sendo indigitado pelo Banco Médio uma vez que um fator de preocupação.

Os dados do Resultado Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre divulgados na semana passada mostraram que o consumo das famílias foi um dos pilares do desenvolvimento de 0,8% no período.

Continue após a publicidade

É diante desse tecido de fundo que o Banco Médio volta a se reunir na próxima semana para deliberar sobre a taxa básica de juros Selic, atualmente em 10,50%, e há discussões sobre se o Comitê de Política Monetária optará por novo incisão de 0,25 ponto percentual ou manutenção, com secção minoritária do mercado de juros apostando em uma subida de 0,25 ponto.

“De modo universal, foi um resultado (do IPCA) quantitativamente e qualitativamente ruim, que reforçará a postura de cautela do BC … Sendo assim, esperamos que o Copom mantenha a taxa de juros nos atuais 10,5% pelas próximas reuniões e uma inflação oscilando ao volta de 4%, que é nossa estimativa para 2024”, avaliou André Valério, economista sênior do Inter.

Na mesma traço, Claudia Mulato, economista do C6 Bankvê interrupção do ciclo de cortes da Selic na próxima semana, em meio à piora das expectativas para a inflação e desabono recente do real. “A resiliência da inflação de serviços corrobora nossa visão de que não há mais espaço para o Banco Médio trinchar juros neste ano”, disse Mulato em nota.

Continue após a publicidade

Fonte

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *