Esses cortes ocorrem há muito tempo. A diferença é que, agora, esse golpe é totalidade. Cotidianamente, (ocorre) desde 2005, quando Israel retirou seus assentamentos de Gaza, ou seja, quando israelenses deixaram de viver em Gaza, que foi selada, literalmente. Gaza é considerada a maior prisão a firmamento lhano do mundo, justamente porque o controle fronteiriço de Israel não deixa quase ninguém entrar e trespassar. São poucos palestinos que conseguem trespassar para trabalhar em Israel ou Cisjordânia.
Isabela Agostinelli
A questão do controle da infraestrutura também ocorre cotidianamente. O controle da eletricidade e da chuva são comprados pelos palestinos via empresas israelenses. Essa é uma violação do recta humanitário e também do recta da ocupação, que tem suas próprias regras e são incessantemente violadas pelo estado israelense, mas que, infelizmente, a comunidade internacional não fala zero.
Essa enunciação do ministro da Resguardo de Israel de que eles estão em estado de guerra e que, portanto, vão bloquear todas as fronteiras de Gaza e a ingressão de provisões, chuva e eletricidade, é mais um delito de guerra de Israel que se soma a diversos outros crimes.
Isabela explica que essas medidas podem levar ao “colapso” da Palestina.
O que a gente pode esperar e que já está acontecendo, é o colapso da sociedade palestina em Gaza. Muitas pessoas já morreram e estão sofrendo, não conseguindo trespassar de lá mesmo que o estado israelense faça alertas informando que as pessoas devem trespassar de lá. Vão trespassar para onde?
Brasílio na Palestina: Israel minou convénio de tranquilidade, não deixou muita opção
O brasílio e morador da Cisjordânia Akram Affaneh relatou no UOL News da tarde desta segunda-feira (9) que o conflito gera uma “situação de muito pavor”.