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– Isso é real?! – disse Jonathan Corpina, sócio-diretor da Meridian Equity Partners. – Não acreditei no que estava vendo. Tudo aconteceu tão rápido.
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Essa foi a reação na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) quando as ações dispararam 7% em questão de minutos na tarde de quarta-feira, assim que começou a circular a notícia de que Trump estava suspendendo parcialmente as tarifas mais altas que haviam atingido dezenas de parceiros comerciais dos EUA pouco depois da meia-noite.
– Caramba! – exclamou Jay Woods, estrategista global-chefe da Freedom Capital Markets, com 35 anos de experiência no pregão da NYSE. – Foi puro choque e espanto.

O índice S&P 500, que reúne as 500 maiores companhias de capital aberto dos EUA, terminou o dia com alta de 9,5%, seu maior ganho diário desde outubro de 2008. Foi o melhor desempenho do índice desde 2008.
O índice Dow Jones, referência dos papéis do setor industrial, subiu 7,9% hoje. O Nasdaq, da bolsa voltada para tecnologia, fechou com alta de 12%.
A Bolsa de Nova York também bateu hoje o recorde de transações em um só dia: 30 bilhões de ações foram negociadas.
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Wall Street praticamente implorava por esse alívio, que está previsto para durar 90 dias. Trump, no entanto, vinha resistindo a acalmar os investidores apreensivos, mesmo com o S&P 500 despencando após o anúncio inicial das tarifas em 2 de abril, chegando a cair 20% em relação à última máxima entre segunda e terça-feira.
Mas, na quarta-feira, com as ações oscilando entre pequenos ganhos e perdas, a hora de agir chegou. Cerca de 13 horas após entrarem em vigor as tarifas sobre 56 países e a União Europeia, Trump decretou uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas mais altas.
– O pregão explodiu – conta Corpina. – Todo mundo gritando: “O que houve?” “O que o Bessent disse?” “As tarifas foram pausadas?” Começamos a gritar uns para os outros, tentando confirmar se era verdade.
Mas mesmo com a notícia, o receio persiste. As tarifas básicas de 10% continuam valendo, e Trump segue escalando sua disputa comercial com a China.
– Crise evitada, por enquanto, mas o que vem agora? – disse Woods. – Muito estrago já foi feito no mercado de ações e temos um longo caminho de recuperação.
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Esse é o mundo em que vivem os profissionais do mercado sob o governo Trump nos EUA. Apesar da esperança gerada pela decisão de Trump de recuar da beira de um colapso comercial total, ainda há muita incerteza sobre seus próximos passos.
Em especial, o risco de uma guerra comercial aberta entre EUA e China continua, com Pequim impondo tarifas de 84% sobre importações americanas em resposta às tarifas de Trump sobre produtos chineses — que ele elevou depois para 125%.
– Estamos aliviados — por enquanto — mas já vimos esse filme antes – disse Corpina, que também trabalha no piso da NYSE há três décadas e testemunhou o estouro da bolha pontocom, a crise financeira de 2008 e a pandemia de Covid-19. – Qualquer coisa pode virar num estalo, por causa de uma manchete ou um tuíte.
Enquanto alguns clientes corriam para comprar ações mais arriscadas, ele contou, outros ainda buscavam papéis defensivos e pagadores de dividendos, porque o ceticismo permanece.
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