Hot News
Um forte terremoto com magnitude preliminar de 6,9 atingiu o sudoeste do Japão, informou a Agência Meteorológica do país nesta segunda-feira. Pouco após o fenômeno, que ocorreu às 21h19 no horário local (9h19 em Brasília), alertas de ondas de tsunami de até 1 metro de altura foram emitidos para a Prefeitura de Miyazaki, na ilha de Kyushu, no sudoeste do país, e para a vizinha Prefeitura de Kochi. O alerta, no entanto, foi posteriormente retirado.
- Relembre: Vídeos mostram momento em que terremoto de magnitude 7,1 atinge o Japão
- Conheça a escala: Saiba como se mede um terremoto e entenda a escala que avalia a força dos abalos sísmicos
Ainda não há relatos sobre danos na região. Os moradores da cidade costeira de Kochi foram orientados a se retirar do local como medida de precaução, publicou a agência americana Associated Press. A emissora pública NHK TV informou que um tsunami atingiu a terra cerca de 30 minutos após o terremoto. As águas detectadas no Porto de Miyazaki mediram 1 metro de altura.
As autoridades suspenderam o alerta de tsunami no final da noite de segunda-feira (início da tarde em Brasília), mas ainda pediram aos moradores que ficassem longe do mar e perto da costa — alertando que a segunda e a terceira ondas podem ser mais altas do que a primeira.
Um homem ficou levemente ferido em Kyushu após cair de uma escada, de acordo com a NHK TV. Os trens pararam de operar na Estação de Miyazaki, deixando passageiros retidos. Ainda assim, porém, imagens da emissora mostraram o tráfego em movimento e as ruas bem iluminadas, indicando que a energia elétrica continuava funcionando.
- Megaincêndios: Desastre em Los Angeles levanta dúvidas sobre preparo de bombeiros na era do aquecimento global
Não foram relatadas anormalidades na Usina Nuclear de Ikata, no oeste do Japão, nem na Usina Nuclear de Sendai, em Kagoshima, informou a emissora japonesa, referindo-se às duas usinas mais próximas do local onde o terremoto ocorreu. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) afirmou que não havia ameaça de tsunami na região. A agência japonesa, no entanto, manteve o aviso e recomendou que a população se mantenha afastada das águas costeiras.
O Japão é frequentemente atingido por terremotos devido à sua localização ao longo do chamado Anel de Fogo, um arco de vulcões e falhas tectônicas no Pacífico. A Agência Meteorológica do Japão agora investiga se o terremoto mais recente está relacionado à chamada fossa de Nankai, uma trincheira de 800 km de comprimento no fundo do oceano, indo de Hyuganada, nas águas ao largo da costa sudeste de Kyushu, até a Baía de Suruga, no centro do Japão.
Em agosto passado, a agência japonesa emitiu um aviso de megaterremoto após concluir que o terremoto de magnitude 7,1 que ocorreu no mesmo mês aumentou a probabilidade de um tremor mais forte. Atualmente, segundo especialistas, existe uma chance de 70 a 80% de que um terremoto de magnitude 8 ou 9 associado à trincheira de Nankai ocorra nos próximos 30 anos, sendo que agora, passado o último terremoto, a probabilidade é “maior do que o normal”.
- Entenda: Falta de água dificulta esforços para conter incêndios florestais em Los Angeles
Não há indícios de que o terremoto ocorrerá em um momento ou local específico, explicou Naoshi Hirata, sismólogo da Universidade de Tóquio e chefe do painel de especialistas da agência meteorológica japonesa, à AP. O último terremoto de Nankai, ocorrido na ilha japonesa de Shikoku em 1946, registrou magnitude de 8,0 e matou mais de 1.300 pessoas.
Em 2013, uma equipe de prevenção de desastres do governo estimou que um terremoto de magnitude 9,1 na fossa de Nankai poderia gerar um tsunami de mais de 10 metros de altura em poucos minutos, matando até 323.000 pessoas, destruindo mais de 2 milhões de edifícios e causando danos econômicos superiores a 220 trilhões de ienes (R$ 58 trilhões, na cotação atual) em grande parte da costa do Pacífico do Japão.
Localizado sobre quatro grandes placas tectônicas, o Japão é um dos países mais ativos tectonicamente no mundo. O arquipélago, que abriga por volta de 125 milhões de pessoas, experimenta cerca de 1.500 abalos por ano e responde por cerca de 18% dos terremotos do mundo. A grande maioria é leve, embora os danos que causam variem de acordo com sua localização e a profundidade abaixo da superfície da Terra.
O Japão possui regulamentos de construção destinados a garantir que os edifícios possam suportar terremotos — e realiza regularmente exercícios de emergência para se preparar para um grande abalo. Mas o país é assombrado pela memória do terremoto de magnitude 9,0 ocorrido em março de 2011. Na época, o fenômeno desencadeou um tsunami que deixou cerca de 18.500 pessoas mortas ou desaparecidas.
O tsunami de 2011 também causou o colapso de três reatores na usina nuclear de Fukushima, provocando o pior desastre do Japão no pós-guerra e o acidente nuclear mais grave desde Chernobyl. (Com AFP)
#hotnews #Brasil #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual