Março 20, 2025
Juros futuros têm forte queda com inflação mais fraca nos EUA e possível fluxo | Finanças

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Os juros futuros tiveram forte queda no pregão desta terça-feira, movimento desencadeado por dados de inflação ao produtor (PPI) mais fracos que o esperado nos Estados Unidos, além da notícia de que o governo do presidente eleito americano, Donald Trump, poderá adotar tarifas comerciais de forma gradual. Perto do fim da sessão, as taxas ampliaram o ritmo de queda e encerraram próximas das mínimas intradiárias, abaixo de 15% nos vértices mais longos e curtos da curva a termo, em meio a relatos de um fluxo de capital estrangeiro que deu suporte aos juros e ao câmbio.

Ao fim dos negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 caiu de 14,955%, do ajuste anterior, para 14,865%; a do DI de janeiro de 2027 cedeu de 15,285% a 15,14%; a do DI de janeiro de 2029 recuou de 15,295% para 15,06%; e a do DI de janeiro de 2031 despencou de 15,21% a 14,95%.

Nos Estados Unidos, o movimento das taxas dos Treasuries foi mais contido, mas ainda positivo. O rendimento da T-note de dois anos cedia de 4,394% para 4,371% e a da T-note de dez anos mantinha-se estável em 4,787%, perto do horário de fechamento do mercado no Brasil.

Em um dia sem gatilhos locais, o catalisador inicial para o bom desempenho da curva de juros futuros hoje foi o dado de inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em dezembro, cuja alta de 0,2% ante novembro ficou abaixo do avanço previsto pelo mercado, de 0,4%. O núcleo do PPI também surpreendeu positivamente ao apresentar estabilidade, ante expectativa de alta de 0,3%.

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Ainda no cenário externo, a notícia de que a equipe de Trump estuda uma estratégia gradual para a adoção de tarifas comerciais deu fôlego aos ativos locais. José Faria Júnior, sócio da Wagner Investimentos, diz que um conjunto de medidas menos agressivo evitaria uma subida repentina da inflação nos Estados Unidos, hipótese aventada depois das especulações acerca de um possível decreto de estado de emergência econômica por Trump, conforme noticiou a imprensa americana.

Se os fatores macroeconômicos externos já apoiavam o fechamento da curva a termo, um fluxo de capital estrangeiro deu fôlego adicional para o movimento, conforme citaram operadores locais, sob condição de anonimato. Após a ampla deterioração dos ativos domésticos no fim do ano passado, o mercado segue ajustando os excessos precificados nos juros futuros e na taxa de câmbio neste começo de 2025.

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O quadro da inflação pressionada e expectativas desancoradas, no entanto, segue no foco dos investidores e deve manter o Banco Central conservador e sob pressão para acelerar o atual ciclo de aperto monetário, avalia o time de estrategistas para América Latina do J.P. Morgan. Diante desse cenário, eles apostam em um achatamento da curva de juros futuros por meio de uma operação que ganha com a aproximação da taxa do DI de janeiro de 2026 com a taxa do DI de janeiro de 2028 — que fecharam o pregão de hoje com um spread positivo de pouco mais de 20 pontos-base.

“A partir daqui, dado que o problema é de sentimento e expectativas, acreditamos que somente uma curva invertida sinalizará de forma confiável que o BC realizou aumentos suficientes (da Selic), como foi o caso nos anos de 2015/2016 e 2022/2023 ”, escrevem os estrategistas em relatório. Hoje, o JP Morgan projeta que a Selic chegue ao pico de 15,25% neste ciclo.

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