Quando foi apresentado pelo Vasco, em fevereiro, Léo Jardim chegou a responder uma pergunta sobre a disputa por espaço no time com Ivan, também recém-contratado para a posição e que, por ter chegado um pouco antes, iniciara a temporada titular. Não foi preciso muito tempo para permanecer simples de quem seria a vaga. Mas os planos do goleiro para 2023 iam além. Depois de uma passagem discreta pelo futebol europeu, o retorno ao Brasil era um passo importante na curso: a procura por um destaque que, enfim, parece ter chegado. Na reta final do Brasílio, o camisa 1 se tornou um dos principais trunfos do cruz-maltino na luta contra o rebaixamento. E a vitória no confronto direto com o Corinthians, às 21h30, em São Januário, pode passar por suas mãos.
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Assim uma vez que passou o importante empate com o Athletico, fora de moradia, na última rodada — primeira partida neste Brasileirão em que o clube paranaense não fez gol na Redondel da Baixada. Léo Jardim saiu de campo com quatro defesas, sendo uma delas difícil. O que se tornou uma cena geral nos jogos do Vasco.
O goleiro é o líder do campeonato em defesas difíceis. De tratado com a plataforma Footstats, foram 38, o que dá um pouco mais de uma por partida, já que Léo Jardim atuou em todas as 35 do Vasco na Série A.
Goleiros com mais defesas difíceis na Série A:
- Léo Jardim (Vasco): 38
- João Paulo (Santos): 36
- Gabriel Vasconcelos (Coritiba): 35
Em números totais (ou seja: considerando todos os tipos de defesas), o camisa 1 cruz-maltino é o terceiro que mais afastou bolas. Ele defendeu 95 vezes. Só fica detrás de Lucas Perri, do Botafogo (com 100) e do corintiano Cássio (105), com quem ele travará uma espécie de duelo à segmento hoje.
Goleiros com mais defesas na Série A:
- Cássio (Corintianos): 105
- Lucas Perry (Botafogo): 100
- Léo Jardim (Vasco): 95

Embora tenha uma curso mais consolidada e seja um ídolo da torcida do Corinthians, Cássio não faz um Brasílio tão bom quanto o arqueiro de 28 anos. Enquanto Léo Jardim lidera em defesas difíceis, Cássio aparece numa posição muito mais modesta, com somente 22. No totalidade de jogos sem ser vazado, o goleiro cruz-maltino também leva vantagem, com nove contra oito do corintiano.
Até nos pênaltis, tradicionalmente uma especialidade de Cássio, a vantagem é de Léo Jardim. Ele impediu um, enquanto o rival desta noite ainda não conseguiu registrar nenhuma resguardo neste Brasílio.
O pênalti defendido por Léo Jardim, por sinal, aumenta a lista de pontos conquistados pelo Vasco graças a ele. Foi no empate em 0 a 0 com o São Paulo, em São Januário, em 7 de outubro. Não fosse leste e o somado contra o Athletico, na última rodada, o clube estaria neste momento na zona do rebaixamento.
Evidente que o clarão do goleiro acaba sendo uma resposta à má tempo do sistema defensivo. Mas também grinalda seu retorno ao futebol brasílio.
Revelado pelo Grêmio em 2013, o goleiro faz, uma dezena depois, sua temporada com mais jogos disputados. Já são 44. Até logo, seu recorde pessoal havia sido de 35, quando defendeu por empréstimo o Rio Ave, de Portugal, em 2018/19, na sua primeira experiência na Europa.
Titular integral em uma campanha que terminou com o 7º lugar no Campeonato Português, Léo Jardim chamou a atenção do Lille, da França (vem daí o conhecimento do linguagem que fez dele um dos “tradutores” do gálico Payet no Vasco).
No Lille, porém, Léo Jardim não conseguiu uma boa sequência e teve dificuldades para se firmar na equipe. Ao longo de três temporadas, foram só 30 partidas disputadas. No meio disso, ainda foi emprestado por um ano para o Boavista, também de Portugal. O interesse do Vasco veio uma vez que uma novidade oportunidade de voltar a ter seu nome em subida e se valorizar — que ele não desperdiçou.