Economia
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, esteve reunido com o ministro da Herdade, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (15), para tratar da Medida Provisória que reonera a folha de pagamento (MPV 1202/2023). Ao final do encontro, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), falou à prelo e afirmou que a MP não será devolvida.
15/01/2024, 22h19 – ATUALIZADO EM 15/01/2024, 22h24
Duração de áudio: 01:48

Foto: Pedro Gontijo/Senado Federalista
Transcrição
APÓS SE REUNIR NESTA SEGUNDA-FEIRA COM O PRESIDENTE DO SENADO E O MINISTRO DA FAZENDA, O LÍDER DO GOVERNO, JAQUES WAGNER, AFIRMOU QUE MP DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS NÃO SERÁ DEVOLVIDA.
A MEDIDA PROVISÓRIA REONERA 17 SETORES DA ECONOMIA, O QUE TEM CAUSADO DIVERGÊNCIAS ENTRE OS PARLAMENTARES. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
A reunião entre o presidente do Senado Federalista, Rodrigo Pacheco, e o ministro da Herdade, Fernando Haddad, foi mais uma lanço das discussões sobre a Medida Provisória que reonera a folha de pagamento de 17 setores da economia. Na última semana, Pacheco conversou com o presidente Lula, com líderanças partidárias e com o secretário-executivo da Herdade, Dário Durigan, sobre a MP. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia, esteve presente na reunião entre Pacheco e Haddad e foi o único a falar com a prelo na saída. Evitou abordar o texto do encontro, mas afirmou que ainda haverá conversa com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e que a MP não será devolvida. Aliás, frisou que o prazo de 90 dias para o início dos efeitos da MP permite que os diálogos continuem:
Jaques Wagner (líder governo no Senado): “Não, não tem reembolso. Da última vez que eu saí daqui, eu já falei que isso estava fora do cardápio a reembolso. Uma vez que você tem a noventena, eu acho que qualquer coisa só deve ocorrer na retomada dos trabalhos. Eu não vou falar de qual progressão que houve, porque só há progressão quando percutir o martelo.”
Foram muitos os pedidos de parlamentares para a reembolso, sem estudo, da Medida Provisória que limita a desoneração prevista em lei promulgada pelo Congresso no término de 2023. A sugestão apresentada na última reunião de líderes era a de que o governo apresentasse, via projeto de lei, suas propostas para três pontos sensíveis: a reoneração gradual dos 17 setores que haviam sido beneficiados pela desoneração da folha até 2027; a revogação de incentivos para o setor de eventos; e a limitação no percentual para indemnização tributária obtida por via judicial. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.