Março 20, 2025
Líderes internacionais reagem à prisão de María Corina Machado
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Líderes internacionais reagiram à notícia que a opositora venezuelana María Corina Machado foi presa nesta quinta-feira (9) na saída de uma manifestação em Caracas.

A oposição da Venezuela denunciou que a líder “foi violentamente interceptada à sua saída da concentração em Chacao”, um dia antes da posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato no país.

O grupo afirmou que a líder já foi liberada após ter sido sequestrada.

A ex-deputada venezuelana, que estava escondida há meses, foi às ruas pela primeira vez nesta quinta-feira.

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A Casa Branca condenou Nicolás Maduro e representantes “por tentarem intimidar a oposição democrática da Venezuela” e pediu que o direito da líder da oposição María Corina Machado de “falar livremente” seja respeitado, segundo porta-voz da Segurança Nacional.

“Já condenamos e continuamos condenando publicamente Maduro e representantes por tentarem intimidar a oposição democrática da Venezuela. A repressão e a intimidação não podem apagar o fato de Edmundo González Urrutia ser o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho”, declarou.

Donald Trump

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (9) no Truth Social que Maria Corina Machado e outros venezuelanos “estão expressando pacificamente as vozes e a vontade do povo” e não devem ser prejudicados.

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“A grande comunidade venezuelano-americana nos Estados Unidos apoia esmagadoramente uma Venezuela livre e me apoiou firmemente. Esses lutadores pela liberdade não devem ser feridos e devem permanecer seguros e vivios!”, o americano afirmou.

Em um comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira, a Argentina expressou “extrema preocupação com o ataque criminoso do regime chavista contra a líder democrática María Corina Machado na Venezuela, quando ela participava de um protesto legítimo em Chacao”.

A nota informa que o presidente argentino Javier Milei pediu aos demais governos da região “que repudiem o atentado contra Corina Machado” e exijam o fim do regime de Maduro.

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O gabinete afirmou que a equipe de Machado perdeu a comunicação com ela e que “agentes do regime de Maduro dispararam contra a sua escolta e alegadamente a sequestraram violentamente perante milhares de pessoas”.

A Argentina reconhece a vitória do opositor Edmundo González nas contestadas eleições presidenciais realizadas ano passado.

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia expressou “profunda preocupação e rejeição ao aumento e à gravidade dos relatos de violações de direitos humanos ocorridos na Venezuela”.

A chancelaria colombiana afirmou que “relatórios recentes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos apontam para violações graves e sistemáticas de direitos humanos” no país.

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As prisões de Carlos Correa e Enrique Márquez e o assédio sistemático a líderes da oposição, incluindo María Corina Machado, levaram o governo colombiano a reiterar seu apelo às autoridades venezuelanas para que respeitem integralmente seus direitos.

A Colômbia ainda pediu para “autoridades venezuelanas a darem plenas garantias, em todo o momento e em todas as circunstâncias, ao exercício do direito à oposição política e à mobilização social, bem como elementos fundamentais do conjunto de direitos civis e políticos”.

O Ministério de Relações Exteriores da Espanha expressou “total condenação e preocupação”. A chancelaria também mencionou a prisão de Rafael Tudares, Carlos Correa e Enrique Márquez e os demais presos políticos no país.

“A agressão física integridade e liberdade de expressão e manifestação de todos, especialmente os líderes políticos da oposição, devem ser protegidos e salvaguardados”, acrescentou.

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse em uma postagem no X que exige a libertação da opositora.

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“O Panamá exige e reivindica liberdade total de Maria Corina bem como o respeito pela sua integridade pessoal. O regime ditatorial é responsável pela sua vida!”, o líder afirmou.

O Ministério de Relações Exteriores da Guatemala publicou o X que exige a “libertação imediata da líder da oposição” na Venezuela. Na postagem ainda afirmou que “não podemos tolerar mais ações repressivas e ilegítimas do regime de Maduro”.

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  • Ex-Presidência da Colômbia

Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia, também reagiu nas redes sociais questionando sobre ações das organizações internacionais em relação à prisão da opositora. “As Nações Unidas conseguirão agir para resgatar María Corina Machado?”

Edmundo González exige libertação de Machado

Pelas redes sociais, Edmundo González, que disputou a Presidência com Nicolás Maduro e a oposição diz ser o verdadeiro eleito, exigiu a libertação imediata de María Corina Machado.

“Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com fogo”, comentou.

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Protestos em Caracas

Grupos de manifestantes se reuniram em Caracas, capital da Venezuela, nesta quinta-feira (9), véspera da posse de Nicolás Maduro.

Em várias partes da cidade multidões de apoiadores da oposição pediram “liberdade”. Os apoiadores também foram vistos segurando cartazes de “González Presidente” e usando vuvuzelas.

Enquanto isso, no maior bairro da Venezuela, Petare, os apoiadores de Maduro também se reuniram no que eles chamam de “marcha pela paz e alegria”.

Entenda a crise na Venezuela

A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.

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Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.

A oposição, por sua vez, publicou a ata que diz ter recebido de seus fiscais partidários e que daria vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.

O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.

O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.

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O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.

Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.

Com informações da Reuters e CNN Internacional.

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