O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, conversaram nesta segunda-feira (5), em reunião no Palácio do Planalto, sobre parcerias para a eliminação de doenças e produção de vacinas brasileiras contra a dengue.
A presidência brasileira do G20, que criou um grupo de trabalho de saúde, também foi objecto do encontro. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa participaram da reunião (imagem).
De pacto com informações do Palácio do Planalto, que não deu detalhes sobre iniciativas em curso, Adhanom afirmou que o Brasil pode ser um fornecedor do imunizante contra a dengue, por meio do Instituto Butantan e da Instauração Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atualmente, a única vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), incorporada no ano pretérito, é a Qdenga, produzida pelo laboratório nipónico Takeda.
Tedros Adhanom também afirmou, segundo o governo, que a OMS pretende dar todo o esteio verosímil ao Brasil na eliminação de doenças porquê a tuberculose, a hanseníase, a doença de Chagas e doenças transmitidas de mãe para rebento, porquê o HIV. São exemplos das chamadas doenças determinadas socialmente.
Na próxima quarta-feira (7), o diretor-geral da OMS participará, com a ministra Nísia Trindade, do lançamento de um programa pátrio de combate a essas doenças.
G20
O diretor-geral da OMS e o presidente Lula ainda conversaram sobre a presidência do G20, que conta com um grupo de trabalho de saúde. Também falaram sobre a desenlace dos trabalhos do Órgão de Negociação Intergovernamental na elaboração e negociação de instrumento internacional para prevenção, preparo e resposta a pandemias. Nesse órgão, o Brasil atua porquê representante das Américas no grupo responsável pela coordenação dos trabalhos.
Em nota, o Palácio do Planalto destacou que Adhanom agradeceu o esteio do presidente Lula e pediu que o G20 possa pautar a discussão sobre o financiamento da saúde. Lula ressaltou que considera necessário ter uma melhor política tributária, que possa ampliar o financiamento do setor.