Nas duas viagens que o Lula fez aos EUA, desde que ganhou a eleição, ele tratou com o Biden o acordo das eleições de 28 de julho, que estava amarrado numa palavra do Maduro, que não cumpriu a palavra, traiu o Lula, de que iria aceitar o resultado das eleições, qualquer que fosse o resultado. Kennedy Alencar, colunista do UOL
Lula e o Biden têm um pacto de defesa da democracia. Eles vão tentar hoje, pelo menos é o que está na cabeça do Lula, articular uma posição comum em relação à Venezuela. Os EUA suspenderam parte das sanções, que agravaram a crise na Venezuela. O Biden, com o conflito Ucrânia-Rússia, precisando de petróleo, liberou as sanções. Mas, tem pressão lá. O discurso muito bom para o Trump é falar que resolve essa situação facilmente, anexa a Venezuela. Seria muito ruim para o Biden e Harris, porque tem um contingente de refugiados grande nos EUA, aparecer essa crise agora. Não há interesse em isolar Maduro, só dá motivos para ele agravar o regime. Kennedy Alencar, colunista do UOL
Para Kennedy, não tem como o Brasil reconhecer a vitória de Maduro sem a apresentação dos boletins de urna.
Se você ganhou uma eleição limpa, tem todo interesse de mostrar os boletins de urna. Maduro não fez isso, fez cerimônia no dia seguinte dizendo que vai ser o novo presidente. Como o Lula é fiador do acordo da eleição, essa posição do Maduro o deixou em uma sinuca de bico. Tem um cenário ruim e um cenário bem pior do que o ruim. Está muito claro que o Maduro não vai arredar o pé de lá. Tem a nota do PT antes do governo Lula ter uma posição, reconhecendo a vitória do Maduro, que não é a posição do Lula no momento. Difícil reconhecer a vitória sem os boletins de urna. Kennedy Alencar, colunista do UOL
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