São Paulo
A semana começou pesada. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostrando uma contadora de histórias tentando simbolizar um feto foi para lamentar. A cena patética que gerou uma nuvem de enojo e repulsa somou-se à indignação universal diante do projeto de lei 1904, que visa “equiparar o monstruosidade realizado posteriormente 22 semanas de gravidez ao violação de homicídio simples, inclusive nos casos de gravidez resultante de estupro”, e que foi considerado inconstitucional, inconvencional e proibido pelo Recomendação Federalista da Ordem dos Advogados do Brasil.
A teoria de tratar meninas menores de idade que engravidam de estupradores uma vez que criminosas e que poderiam ter penas maiores do que os próprios estupradores, gerou uma vaga de manifestações populares em todo o Brasil. Vaga essa que levou apresentadores da Rede Mundo, uma vez que Ana Maria Braga e Luciano Huck, a se posicionarem francamente mostrando-se contrários a PL 1904.
Eis que, em meio a esse momento trevoso da nossa sociedade, uma notícia singela chegou a nós uma vez que uma pequena luz ao final do túnel: Maisa, uma das artistas mais queridas do Brasil, foi contratada pela Mundo para fazer a próxima romance das 18h, uma vez que ela mesma anunciou em um de seus perfis sociais.
A romance vai se invocar “Pequena do Momento”, e Maisa será a vilã da trama. A atriz já pediu ajuda e conselhos para a amiga Larissa Manoela e disse estar feliz com a teoria de morar na praia, já que vai se mudar para o Rio de Janeiro.
E por que essa notícia é tão boa e traz tanto fôlego em momentos de crise social e comportamental no nosso país? Porque o sucesso de Maisa é a glorificação do correto, do nexo, da razão, num mundo onde zero mais parece fazer sentido.
O tempo todo vemos as “nulidades triunfando”, uma vez que dizia Rui Barbosa. São influenciadores que ganham fortunas com joguinhos, rifas e esquemas de pirâmide que viciam os usuários e os induzem a perder quantia. São pessoas sem talento que se projetam nacionalmente por escândalos, desafios toscos ou por ostentarem riquezas cafonas e obscenas. São golpistas enganadores que usam muito as redes sociais e que tiram proveito de seus algoritmos. Isso quando não compram seguidores.
E é justamente porque tornou-se geral seguir a subida de criaturas ordinárias que o sucesso de pessoas extraordinárias uma vez que Maisa nos alegra.
Maisa é uma moçoila gentil, educada, muito, mas muito inteligente, de bom caráter, boa índole e afetuosa. Nunca se viu o nome de Maisa envolvido em escândalos, fake news, baixarias. Nunca se ouviu de Maisa uma ofensa, uma sátira destrutiva, uma fofoca.
E mais: contrariando a mito de que crianças que fazem sucesso na mídia quando pequenas não conseguem triunfar na vida adulta, ela nos encanta desde os três anos de idade e continua em subida até hoje. E ser convidada para um papel de destaque numa romance da Mundo é a maior prova disso.
A trajetória de Maisa nos devolve a fé e a vontade de continuar acreditando que vale a pena seguir o caminho do muito. Ela é o exemplo do quanto ser correta pode despertar pedestal e surpresa de nossos pares. Basta expor que mal ela postou a novidade, outros artistas comentaram com alegria e pedestal, uma vez que fizeram a genial Tata Werneck e o talentoso Lázaro Ramos.
Num mundo onde tudo está fora da ordem, onde a falta de noção impera, onde a peta tenta destruir diariamente a verdade, faz muito para a espírito uma notícia que faz sentido.
Em procura de um pouco mais de cintilação, a Vênus Platinada contratou uma moçoila de ouro.