Setembro 21, 2024
Marçal e Boulos trocam acusações e xingamentos em debate | Política
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O debate entre seis candidatos à Prefeitura de São Paulo nesta quarta-feira (14), realizado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Faap e Terra, foi marcado por troca de acusações e xingamentos entre o “influencer” Pablo Marçal (PRTB) e o deputado federal Guilherme Boulos (Psol). Houve embates também da candidata do PSB, deputada Tabata Amarale do apresentador José Luiz Datena (PSDB), com o prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), e ataques de Marina Helena (Novo) a Boulos. A discussão das propostas para a cidade ficou em segundo plano.

Vídeo: Bate-boca entre Boulos e Marçal

Imagens: Cristiane Agostine/Valor

Imagens: Cristiane Agostine/Valor

O clima ficou tenso entre os dois postulantes depois que Marçal atacou Boulos, com xingamentos contra o PT, partido da vice do candidato do Psol, o chamou de “escória da esquerda” e voltou a acusá-lo de ser usuário de drogas, sem apresentar provas.

Marçal chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silvaa ex-presidente Dilma Rousseff e lideranças do PT de “quadrilheiros” e xingou Boulos. “Você é um PT Kids, grande merda dessa nação. É a escória da esquerda”, disse, citando na sequência prisões de Boulos por sua atuação quando era líder do MTST, movimento dos sem-teto.

O candidato do Psol lembrou que o postulante do PRTB já foi condenado por furto e partiu para o confronto verbal. “Mentiroso compulsivo, viciado em mentiras. Veio para o debate para ser o padre Kelmon, para tumultuar”, disse Boulos, lembrando do “candidato padre”, Padre Kelmonque disputou a Presidência pelo PTB em 2022.

Marçal rebateu. “Se sou padre Kelmon, vou exorcizar o demônio com carteira de trabalho”, disse. “Você nunca vai ser prefeito enquanto tiver homem em São Paulo”. Boulos disse que não é “coach” e “não ganha dinheiro enganando pessoas na internet”.

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O candidato do PRTB não parou com as provocações. Chamou Boulos de “candidato trans” e viciado em drogas. “Você é o maior aspirador de pó da cidade de São Paulo”, disse. Boulos respondeu que a situação é “indignante” e chamou Marçal de “canalha”. “Não tem limite, inventa mentira sobre drogas no debate, fala do pai da Tabata. Não tem limite ético, é pessoa rebaixada. Eu fico em dúvida se você é só mau caráter ou psicopata. Vem para mentir, para lacrar para rede social”, disse o candidato do Psol. Os dois ainda trocaram acusações de “mentiroso” e um ameaçou o outro de prisão pela polícia. “

Fora do púlpito em que os candidatos fizeram perguntas, Marechal e Boulos continuaram a discutir. Sentados lado a lado, o candidato do PRTB provocou o postulante do Psol e mostrou uma carteira de trabalho. Boulos tentou bater no documento, mas não conseguiu. As cenas de provocação foram gravadas pela equipe de Marçal e divulgadas logo na sequência em redes sociais, apesar de a produção do debate ter proibido a gravação de imagens durante o evento.

nós atacamos um ao outro Tabata Amaral e Ricardo Nunesa deputada lembrou de um “slogan” que ficou conhecido com o ex-prefeito Paulo Malufdo “rouba mas faz”. “Você rouba e não faz”, acusou a deputada. O prefeito ganhou direito de resposta e reclamou da parlamentar, de supostamente ser financiada por empresa com problema na Justiça.

Em outro momento, Tabata voltou a acusar Nunes de irregularidades. “Prefeito que comete crime não combate crime”, disse.

Datena criticou a gestão Nunes e afirmou que o prefeito tem “medo” do Primeiro Comando da Capital (PCC), investigado por ligação com empresas de ônibus em funcionamento na cidade. O candidato do PSDB afirmou ainda que Nunes parece “querer exterminar” os mais pobres da cidade.

Marina Helena procurou se mostrar como candidata da direita, e disse, em informação inverídica, que a prefeitura paulistana adota a “ideologia de gênero” na cidade, defendeu o enxugamento do Estado na gestão pública e criticou o PT e o ministro da Fazenda e ex-prefeito Fernando Haddad de “Taxado”. A candidata do Novo criticou Boulos, fez acusações de envolvimento de integrantes do PT com o crime organizado. O candidato do Psol, por sua vez, afirmou que ela pertence ao grupo “bolsonarista”. Na sequência, o candidato do Psol atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “ladrão de joias”.

Marina e Marçal fizeram uma “dobradinha” e o candidato do PRTB elogiou a candidata. Nunes também evitou atacar Marçal.

A polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apoia Boulos, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Nunes, foi pouco explorada pelos candidatos. Apenas no último bloco, o postulante do Psol citou três frases de Bolsonaro (“O erro da ditadura foi torturar e não matar”, “Não te estupro porque você não merece” e “Não confio na urna eletrônica”) e perguntou ao prefeito se ele concorda ou não com seu aliado político. “Não sou comentarista político”, desconversou Nunes, sem falar sobre o ex-presidente. Na sequência, questionou Boulos sobre sua relação com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduroe mencionou o caso da rachadinha do deputado André Janones (Avante-MG), que foi relatado pelo deputado no Conselho de Ética da Câmara. O parlamentar do Psol defendeu o arquivamento do caso.

Depois do debate, Marechal reforçou que sua estratégia é partir para o confronto com seus adversários, especialmente Boulos, e disse que não vai discutir proposta de governo. “Proposta está no plano de governo”, afirmou. “É baixaria mesmo, vocês vão ter que aguentar”disse, em entrevista à imprensa. Questionado se considera adequado usar esse tom agressivo em um debate, o candidato do PRTB afirmou que esse é o seu “tom” . “É como a cor de pele, cada um tem o seu.”

Boulos disse, depois do debate, que é preciso ter cuidado com o baixo nível dessas discussões, com acusações graves sem provas. “É preciso tomar cuidado para não naturalizar o absurdo. O país já viu o preço que pagou por naturalizar o absurdo”, afirmou, em referência à eleição de Bolsonaro. O candidato do Psol disse ter ficado irritado com as provocações de Marçal e afirmou que sua reação foi a de uma pessoa indignada. “Quando uma pessoa vem na sua frente, mente de maneira descarada, te provoca… Ninguém tem sangue de barata. Tem que ter o mínimo de indignação”, disse.

Nunes classificou a baixaria no debate como “dedo no olho e canelada”. “As pessoas não estão vindo para o debate, vêm para fazer recorte para internet.”

Os temas sorteados para os quatro primeiros blocos do debate – educação, desafios econômicos, planejamento urbano e segurança pública – começaram como pautas principais em cada um dos blocos e foram deixados de lado em parte dos embates entre os candidatos.

Na segurança pública, Nunes e Tabata propuseram o aumento do número de guardas civis metropolitanos e maior rigidez na investigação da participação desses profissionais no crime organizado, enquanto Marina expressou “tolerância zero” com a criminalidade e que o Brasil “é o país da impunidade”. Já Marçal defendeu a ampliação do efetivo da guarda para 21 mil profissionais, o que foi rebatido pelo prefeito com o preço de manutenção dessa estrutura.

Junto da defesa de mais escolas em tempo integral e de outras a educação, Tabata lembrou da suspeita de desvio de dinheiro de creches conveniadas à prefeitura, operação na qual a empresa da família de Nunes está sob a mira da Polícia Federal, e pediu para que o público pesquisasse o termo ‘máfia das creches’. O analfabetismo foi pauta da discussão entre Boulos, que propôs o ‘Mutirão Paulo Freire’ para alfabetizar jovens e adultos, e Datena, que prometeu “entregar, para os pais, a criança sabendo ler e escrever com 8 anos”.

*Estagiária sob supervisão de Fernanda Godoy

Debate com candidatos à Prefeitura de São Paulo realizado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Faap e Terra — Foto: Cristiane Agostine/Valor
Debate com candidatos à Prefeitura de São Paulo realizado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Faap e Terra — Foto: Cristiane Agostine/Valor

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