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(Por Rafael de Novaes Rocha)
O Cruzeiro venceu.
Enfim uma boa notícia. Momentâneos panos quentes na crise que insiste em ficar. Por aqui, o céu parece estar sempre carregado de nuvens escuras que prenunciam a tempestade. Na última semana, não bastasse mais um vexame na Sul-Americana, tivemos de conviver com as declarações malcriadas do atacante Dudu, que dizia não entender por que estava no banco. A novela evoluiu para o seu afastamento antes da partida de domingo e culminou na situação alucinante de Pedro Lourenço “confirmando” a um torcedor aleatório a saída do jogador.
O noticiário cruzeirense ganhou tons surreais. O bizarro virou cotidiano; nem o delírio, nem o amadorismo impressionam mais. Uma coleção de anedotas que chegam a ser constrangedoras de tão absurdas. Nosso dono não tem qualquer traquejo de dono de clube. A cada declaração pública, a apreensão de todos do que sairá de sua boca a seguir. Uma espontaneidade perigosa, com capacidade reais (e já comprovadas) de iniciar crises a qualquer momento.
É nítido que Pedrinho precisa de um “homem-forte” para o futebol do Cruzeiro. Alguém que possa, para além das qualidades esperadas de um executivo futebolístico, assumir as decisões difíceis e blindar o clube. Características que ele próprio está longe de dominar. E considerando a falta de força e de competência do incumbente, uma substituição não seria uma má ideia.
Pelo menos, Pedrinho parece acertar em um aspecto: confiança total e irrestrita em Leonardo Jardim. Exemplo público disso é o afastamento de Dudu, após ter entrado em rota de colisão com o treinador. Demonstrou ter confiança no trabalho e respaldar consideravelmente o português. Ponto essencial para o sucesso de qualquer trabalho.
O problema é a imprevisibilidade de Pedro. O tempo pode fechar de uma hora para outra. Uma entrevista é capaz de encher o céu de nuvens carregadas e desmobilizar o projeto, com uma rapidez extraordinária. Ficar à mercê das intempéries bilionárias de um presidente “espontâneo” é desgastante.
Mas vamos aproveitar os raios de sol que começam a aparecer. Ainda são tímidos, mas já se apresentam no céu.
O Cruzeiro venceu e está no G4 do campeonato.
BATE PAPO NO QUINTAL
1. Cruzeiro 1 x 0 Vasco – A vitória de ontem certamente não encheu os olhos do torcedor, mas serviu para mostrar que algumas coisas estão evoluindo. Não à toa: o Cruzeiro é o único mandante com 100% de aproveitamento e encerra a sexta rodada no G4. Enquanto isso, outras equipes encerraram a rodada no Z4. Muita diferença.
2. Cassio, milagres e desabafos – Cassio foi aos prantos após excelente partida que, sem exageros, garantiu a vitória cruzeirense. Na entrevista pós-jogo, ele desabafou sobre as críticas desmedidas da mídia e da imprensa. Um forte desabafo que talvez não fosse necessário se fizesse mais partidas como as de hoje.
3. Ainda sobre o jogo – O resultado positivo em Uberlândia mostrou que os jogadores têm confiança no projeto. Todos visivelmente felizes e aliviados na comemoração após a partida. O caso Dudu parece não ter afetado a coesão do grupo em torno de Jardim. Bons sinais.
4. Até mais – Encerro a minha participação neste democrático minifúndio. A partir dos próximos tópicos, a coluna fica a cargo do blogueiro titular. Por isso, reforço que não me responsabilizo pelas opiniões omitidas a seguir. Até a próxima!
5. Balanço contábil do Cruzeiro – Persistem dívidas altas, equacionáveis, sob controle certamente, porque nosso gestor é um empresário vitorioso por seus próprios méritos. Aprendeu com a vida a arrancar minhoca do asfalto. Mas o maior destaque do balanço veio de onde não se esperava: os atleticanos, liderados por Peppeu e João de Deus Filho, entraram em transe, comemorando como se fosse um título a constatação de que devemos muito, quase igual a eles…
Meus caros, atentem para uma diferença abissal: No Cruzeiro, há comprador e vendedor, entidades autônomas, com CPF e CNPJ próprios. Reúnem-se, debatem os problemas.
No Atlético é diferente. Quando Menin, vendedor e comprador, quer se reunir ao vivo, precisa de um espelho. É com ele mesmo.
6. Marcos Mineiroescrevendo sua mensagem sexta-feira, perde a paciência com os rumos do Cruzeiro:
“… creio ser o momento de endurecer o coração e mostrar, ou mais que isso, desvendar o que está por trás desse desastre que continua corroendo o clube. Sabemos eu a SAF tem um dono que tem colocado muito dinheiro lá. Arriscando seus próprios recursos e que a responsabilidade primeira é dele. Mas isso não nos impede de cobrar. Afinal, há mais de um século a torcida faz sua parte. Sempre presente, colaborando financeiramente também na justa medida de suas possibilidades. Chegou, portanto, a hora de pessoas como o senhor, de colocar a boca no trombone e mostrar os erros e os desacertos. Chega de passar pano!”
Meu caro Marcos Mineirovamos esperar que agora, após a vitória sobre o Vasco, o time engrene.
7. Show no vôlei outra vez – O Sada-Cruzeiro está em sua 11ª. decisão da Superliga Masculina. Sábado, derrotou o Praia Clube, em Uberlândia, por 3 x 1. Agora decidirá o título com o Vôlei Renata, de Campinas. A partida será domingo, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
GARIMPO
“A felicidade não reside nem nos bens materiais nem no outro, a sensação de felicidade mora na alma.”
(Demócrito – Filósofo grego do sec. V a.C.)
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.
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