Essa safra que está no término da colheita enfrentou problemas climáticos relevantes. Em alguns lugares, o excesso de seca afetou bastante a produtividade dos grãos e, em outros locais, volume ressaltado de chuvas atrasou o plantio.
André Diz, professor de economia no Ibmec SP
Outro fator que explica o resultado negativo envolve a redução de preço dos produtos agrícolas. O movimento considera que o conta do PIB mede o valor final da produção. Assim, o impacto do incremento da agropecuária na soma de bens e serviços finais resulta em uma taxa de variação menor para o segmento.
Setor avançou 6,4% no amontoado dos últimos quatro trimestres. Apesar da subida, o resultado corresponde ao mais grave incremento anual desde o último trimestre de 2022 (-1,1%). No quarto trimestre do ano pretérito, a variação nessa mesma conferência foi de 15,1%.
Agropecuária voltou a crescer na estudo trimestral. Já na conferência com os últimos quatro meses do ano pretérito, o segmento interrompeu a sequência negativa dos últimos três trimestres de 2023 e avançou 11,3%, maior subida desde o salto de 16,2% dos primeiros três meses do ano pretérito. A elevação é explicada por questões cíclicas, uma vez que a concentração dos maiores volumes de colheita no início dos anos.
Projeções mostram que safra será menor do que a do ano pretérito. O LSPA prevê ainda que o Brasil deve colher 299,6 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosa. Se confirmado, o volume corresponde a uma produção 5% subalterno em relação ao ano pretérito.
O ano não está sendo bom para a agropecuária. Estamos com uma estimativa de queda da produção de soja, nossa principal cultura.
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE