Novembro 17, 2024
Mercado está mais cético sobre fiscal, o que cria um pouco de prêmio de risco, diz Campos Neto | Finanças

Mercado está mais cético sobre fiscal, o que cria um pouco de prêmio de risco, diz Campos Neto | Finanças

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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que o mercado está mais “cético” agora sobre o futuro do fiscal e isso está criando um pouco de prêmio de risco. Ele está em Washington, Estados Unidos, onde participou das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), e participa nesta sexta-feira de evento promovido pelo Itaú. Ele disse não concordar com a leitura de que o Brasil estaria em dominância fiscal.

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Campos Neto repetiu que o governo sinalizou que deve anunciar medidas após as eleições. “Precisamos de algum tipo de notícia que vai produzir um choque positivo para reverter um pouco o prêmio de risco que vimos crescendo nas últimas semanas”, afirmou.

Tratando dos números fiscais, o presidente do BC, afirmou que o país precisa de algo “mais estrutural” para que os mercados acreditem que “vamos convergir”.

Ao apresentar um slide comparando o fiscal e as projeções de dívida bruta do Brasil com outros países emergentes, disse que o país está “um pouco pior” que a América Latina, mas quando se olha para alguns outros países “não se destaca”.

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O presidente do BC então disse acreditar que a maior parte da preocupação é que o ponto inicial da dívida bruta é muito mais alto e o mercado também está preocupado com a transparência dos dados. “Então muitas pessoas vão olhar mais para a dívida bruta do que os números primários, e quando olha a trajetória da dívida você vê que não é muito diferente de outros países, mas o ponto inicial é mais alto”, disse.

Campos Neto disse entender as preocupações e que é muito importante ter números transparentes, “mas quando você olha a situação do Brasil e alguns outros países, é difícil achar mercado emergente atualmente que está fazendo primário que é melhor que –1,5%”.

Sobre inflação, ele disse que o núcleo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro foi “um pouco acima do esperado, não muito, marginalmente pior”.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,54% em outubro, acima da mediana de projeções de consultorias e instituições financeiras coletadas pelo Valor Data, que estimavam alta de 0,51%. Campos Neto disse que o número foi “marginalmente pior também”.

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No início de sua apresentação, o presidente do BC afirmou que houve uma “boa notícia” com a bandeira tarifária amarela de energia em novembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária de novembro será amarela por conta do aumento do volume de chuvas.

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Campos Neto destacou que tem se visto um processo de convergência da inflação que está parando um pouco. “Estamos olhando de perto os componentes da inflação.”

Um dos pontos observados, segundo ele, é se o mercado de trabalho vai ter um impacto mais forte em serviços. Segundo ele, isso ainda não foi muito observado.

O presidente do BC reforçou a mensagem de que a autoridade monetária vai fazer o trabalho para atingir a meta de inflação. “Nos dão uma meta e temos que levar a inflação para a meta”, disse.

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Ao falar em outro momento sobre o prêmio de risco relacionado ao fiscal, o presidente do BC disse que “não é nosso trabalho dizer que o mercado está errado”. Ele explicou que o BC vê o preço do mercado e tenta ver a informação incorporada, ver o prêmio de risco e comparar com as variáveis que tem em mãos. Campos Neto disse que não concorda que há um cenário de dominância fiscal.

Perguntado sobre a questão de subir muito ou muito pouco em um ciclo de alta de juros, Campos Neto disse que há quase um entendimento geral de que, para países desenvolvidos, é possível ter o erro de não fazer o suficiente e depois começar um novo ciclo. Para mercados emergentes, disse que também há um consenso, especialmente para países que têm mais memória inflacionária, de que isso não é possível.

“Se você tem esse tipo de erro e tem que subir novamente, você faria isso, mas com muito mais custo de credibilidade. Obviamente para nós, um país que tem alta memória de inflação, até alguns anos atrás tinha grande indexação, o custo de fazer muito pouco é maior do que provavelmente fazer um pouco demais e corrigir e diminuir os juros no futuro. Dissemos isso várias vezes, não disse nada novo.”

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