Março 19, 2025
Mercado mantém nervosismo provocado por temores de recessão nos EUA

Mercado mantém nervosismo provocado por temores de recessão nos EUA

Continue apos a publicidade

Hot News

O mercado financeiro manteve, nesta terça-feira (11), o clima de pessimismo em meio às preocupações de uma recessão nos Estados Unidos, por conta da guerra tarifária deflagrada pelo republicano Donald Trump aos principais parceiros comerciais. A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) seguiu operando no vermelho, acompanhando as bolsas internacionais, e encerrou ontem com queda de 0,81% a 123.507 pontos, mas chegou a atingir a mínima de 122.636 pontos, um tombo de 1,51%.

Em Nova York, o Índice Dow Jones escorregou 1,14% e o Nasdaq, recuou 0,18%, refletindo o mau humor dos mercados após Trump admitir as chances de recessão no país no domingo que fez as ações das empresas norte-americanas desabarem. O dólar, por sua vez, recuou ao longo da tarde de ontem, refletindo o comportamento da dívida norte-americana no exterior e encerrou o pregão de ontem, em queda de 0,69%, cotado a R$ 5,81 para a venda.

A moeda dos EUA acumula desvalorização de 1,77% nos cinco primeiros pregões de março, após alta de 1,37% em fevereiro. No ano, recua 5,96%. A notícia de que a Ucrânia aceitou a proposta do governo Trump para um cessar-fogo na guerra com a Rússia, assim como o recuo do governo da província canadense de Ontário da taxação sobre a energia elétrica exportada para os EUA, ajudou a amenizar as perdas da B3 e fez o dólar voltar a cair depois da disparada de 1,07% na véspera.

Pela manhã, Trump anunciou uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e o alumínio canadense, para 50%, em contraofensiva ao governo de Ontário e, à tarde, disse que poderia desistir da sobretaxa de 25% para os produtos canadenses a partir de hoje, o que acabou sendo confirmado em seguida.

Continue após a publicidade

De acordo com especialistas, como a taxação de 25% dos EUA sobre o aço e o alumínio começa hoje, o Brasil também será afetado. Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Way Investimentos, ressaltou que, por enquanto, os efeitos dessa medida ainda são ruídos no mercado. “O pano de fundo é que a economia norte-americana pode entrar em desaceleração forte. E, se isso ocorrer, afeta todos os países”, acrescentou.

Apesar do recuo no dólar no Brasil e no exterior, analistas reconhecem que o cenário doméstico contribui para uma maior volatilidade no câmbio e a tendência é que a divisa norte-americana siga valorizada ante o real, oscilando em torno R$ 6, no cenário base, conforme estimativas da XP Investimentos.

Eduardo Velho, economista-chefe da Equatorial Investimentos, reconheceu que, apesar de o dólar ter recuado um pouco, a divisa norte-americana dificilmente vai voltar a ficar abaixo de R$ 5,70, pois a conjuntura doméstica, com a perspectiva de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dificilmente faça qualquer ajuste fiscal até o fim do mandato e as projeções de inflação continuarão sendo revisadas para cima. “Não vejo ajuste fiscal do jeito que o mercado espera. E tudo indica que o governo vai dobrar a aposta para garantir os votos cativos em 2026”, avaliou.

Continue após a publicidade

Continue após a publicidade

Siga-nos nas redes sociais:

Hotnews.pt |
Facebook |
Instagram |
Telegram

#hotnews #Brasil #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *