Abril 15, 2025
Moraes não pediu à PGR prisão preventiva de Bolsonaro; ministro e Gonet negaram petição de vereadora

Moraes não pediu à PGR prisão preventiva de Bolsonaro; ministro e Gonet negaram petição de vereadora

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O que estão compartilhando: vídeo afirma que o ministro Alexandre de Moraes solicitou que “a Procuradoria-Geral da República (PGR) peça a prisão de Jair Bolsonaro”. O homem fala que o ex-presidente corre “seríssimo risco de ser preso a qualquer momento” devido a uma ação do PT contra a manifestação pela anistia dos responsáveis pelos atos do 8 de janeiro de 2023.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso. Como noticiou o Estadão nesta quarta-feira, 2, Moraes negou um pedido de prisão preventiva contra Bolsonaro. O ministro seguiu o parecer da PGR, que se posicionou contra a detenção do ex-presidente. A petição havia sido movida pela vereadora do Recife Liana Cristina (PT), que argumentava que Bolsonaro havia cometido crimes ao convocar apoiadores para a manifestação em Copacabana a favor da anistia de golpistas do 8 de Janeiro. Moraes havia enviado a petição para análise da procuradoria, em 18 de fevereiro, como ocorre de praxe no Supremo Tribunal Federal (STF).

O Verificar tentou contato com o responsável pelo vídeo analisado, mas não obteve retorno até a publicação da checagem.

Moraes não pediu a PGR prisão preventiva de Bolsonaro; ministro solicitou análise de petição Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Moraes pede parecer da PGR sobre petição de vereadora

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Diferentemente do que alega o homem no vídeo analisado, o magistrado do STF não pediu à procuradoria a prisão de Bolsonaro. Na verdade, Moraes havia solicitado à PGR, no dia 18 de fevereiro, que emitisse um parecer sobre uma petição pela prisão preventiva do ex-presidente. A notícia-crime havia sido encaminhada pela vereadora Liana Cristina à Corte.

A petição, movida com o advogado Victor Fialho Pedrosa, servidor do gabinete dela, argumentava que Bolsonaro cometeu os crimes de obstrução de justiça, organização criminosa e incitação ao crime ao convocar apoiadores para manifestação realizada na Praia de Copacabana, no dia 16 de março. O ato no Rio de Janeiro pedia a aprovação da anistia para os responsáveis pelo ataque à sede dos três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

Como publicou o Estadãoo pedido de análise encaminhado por Moraes tinha o prazo de cinco dias para uma devolutiva do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O retorno, no entanto, veio 14 dias após a solicitação feita pelo ministro e logo após a imprensa veicular o pedido de prisão preventiva. A consulta do parecer da Procuradoria, feita por Moraes, é uma etapa considerada de praxe na Corte, e não é ilegal.

Ato ‘Anistia Já’, com Bolsonaro e outros políticos, reuniu cerca de 18,3 mil pessoas em Copacabana, apontou levantamento da Universidade de São Paulo (USP). Foto: Pedro Kirilos

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PGR se manifesta contra a prisão de Bolsonaro

Após a análise do pedido, a Procuradoria se manifestou contra a prisão de Bolsonaro na notícia-crime da vereadora do PT. Em seu parecer, encaminhado a Moraes na quarta-feira, 2, Gonet afirmou que não vê crimes nas manifestações em favor da anistia.

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“A realização de manifestações pacíficas pela concessão do benefício não constitui ilícito penal, bem como não extrapola os limites da liberdade de expressão, que é consagrada constitucionalmente e balizada pelo binômio liberdade e responsabilidade”, sustentou o procurador-geral no parecer encaminhado ao STF.

De acordo com a PGR, a notícia-crime não contêm elementos que indiquem o ilícito penal e que embasem a privação da liberdade do ex-presidente. Ele afirma que o pedido de prisão deveria ser encaminhado diretamente a Polícia Federal e ao Ministério Público, e não ao Supremo, responsável pelo eventual julgamento do denunciado.

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Moraes rejeita prisão do ex-presidente por protestos

Moraes rejeitou o pedido para decretar a prisão preventiva de Bolsonaro no mesmo dia em que recebeu a manifestação da Procuradoria, ainda nesta quarta-feira, 2.

A decisão de Moraes afirmou que a vereadora do PT não tem legitimidade formal para fazer o pedido e explicou que essa atribuição é da PGR.

Reportagem do Estadão mostrou que, como já existe uma ação pena em curso contra o ex-presidente, qualquer “fato novo” que justifique sua prisão ou medida cautelar será avaliado no processo. A notícia-crime enviada pela vereadora do PT foi arquivada por Moraes.

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Depois que Moraes negou o pedido de prisão, o perfil que publicou o vídeo atualizou a informação sobre a decisão, mas manteve o conteúdo analisado na plataforma. O Verificar tentou contato com o responsável pelo post, mas não obteve retorno até a publicação da checagem.

Como lidar com posts do tipo: No caso analisado, há uma distorção no pedido feito por Alexandre de Moraes à Procuradoria-Geral da República. Em uma busca por reportagens na imprensa profissional, conseguimos verificar que o ministro havia pedido uma análise, e não a prisão de Jair Bolsonaro. Caso você encontre um boato circulando nas redes sociais, envie para a equipe do Verificar pelo WhatsApp (11) 97683-7490.

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