Março 20, 2025
motorista de carreta usou cocaína, ecstasy, álcool e antidepressivos
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Exames toxicológicos feitos pela Polícia Civil de Minas Gerais detectaram a presença de cocaína, derivados de MDMA (ecstasy), alprazolam e venlafaxina no sangue do motorista da carreta que causou o acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, em Minas Gerais, que resultou na morte de 39 pessoas. O condutor, de 49 anos, foi preso nesta terça-feira (21) em Barra de São Francisco, Espírito Santo, após a Justiça decretar sua prisão preventiva. As amostras biológicas foram coletadas em 23 de dezembro de 2024 e analisadas pelo IML em Belo Horizonte, com confirmação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (22), em Belo Horizonte, a chefe da PCMG, Letícia Gamboge, explicou que a prisão foi fundamentada por uma série de elementos levantados pela investigação.

Da esquerda para direita: Dr Amaury Tomaz de Albuquerque, Delegado Regional de Teófilo Otoni; Dr. Thales Bittencourt, Superintendente de Polícia Técnico-Científica; Dra Letícia Gamboge, Chefe da PCMG; e Dr Júlio Wilke, Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária. — Foto: Polícia Civil
Da esquerda para direita: Dr Amaury Tomaz de Albuquerque, Delegado Regional de Teófilo Otoni; Dr. Thales Bittencourt, Superintendente de Polícia Técnico-Científica; Dra Letícia Gamboge, Chefe da PCMG; e Dr Júlio Wilke, Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária. — Foto: Polícia Civil

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— Nosso objetivo hoje é detalhar as circunstâncias que fundamentaram a decretação da prisão preventiva do condutor da carreta, bem como as diligências realizadas ontem — afirmou.

Substâncias identificadas

O superintendente de Polícia Técnico-Científica, Thales Bittencourt, revelou que exames toxicológicos realizados em material biológico do condutor confirmaram a presença de substâncias lícitas e ilícitas.

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— Foram identificadas substâncias como cocaína e derivados de MDMA (ecstasy). Além dessas substâncias ilícitas, também havia substâncias lícitas, como alprazolam e venlafaxina, que são ansiolíticos da classe dos benzodiazepínicos e antidepressivos. Foram identificadas essas substâncias e os respectivos metabólitos na urina, o que permite constatar que, antes e depois do acidente, a pessoa estava sob efeito dessas substâncias — explicou.

Também foi encontrada a presença de cocaetileno, que é a substância resultante da combinação da cocaína com o álcool no organismo, que é quando uma pessoa consome cocaína e álcool simultaneamente.

— Esses exames permitem indicar de forma precisa que, no momento do acidente, o condutor estava sob o efeito dessas substâncias, o que compromete sua capacidade de condução — completou o superintendente.

A coleta de urina e sangue do condutor foi realizada no dia 23 de dezembro de 2024, em Teófilo Otoni, pelo médico legista da unidade. As amostras foram transportadas para o laboratório de toxicologia do IML da Polícia Civil, em Belo Horizonte, onde a perícia foi conduzida. .

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Os resultados foram posteriormente confirmados pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), garantindo o cumprimento de toda a cadeia de custódia.

Falta de segurança e excesso de carga

O delegado regional de Teófilo Otoni, Dr. Amaury Thomaz de Albuquerque, destacou que o excesso de carga foi um dos fatores determinantes no acidente.

— A carreta transportava cerca de 30 toneladas acima do permitido. Além disso, a investigação apontou excesso de velocidade e falta de descanso adequado do condutor — afirmou.

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Imagem do local do acidente do ônibus com uma carreta,na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), que deixou ao menos 39 mortos — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
Imagem do local do acidente do ônibus com uma carreta,na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), que deixou ao menos 39 mortos — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

O delegado ainda disse que o suspeito demonstrou falta de arrependimento ao longo do interrogatório, além de apontar que o homem não teve nenhum tipo de respeito pela vida alheia. Com base nesses elementos, a polícia renovou o pedido de prisão e deslocou-se até o estado do Espírito Santo para efetuar a prisão preventiva.

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— Ele optou por seguir viagem durante a noite, desrespeitando normas de segurança básicas, o que demonstra negligência e total desrespeito à vida alheia — disse.

Acidente com ônibus, carreta e carro deixa ao menos 21 mortos em Minas Gerais

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Júlio Wilke, Superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, afirmou que o caso não será tratado como acidente, mas sim como crime.

— Hoje faz um mês desde o acidente e a gente tem esse criminoso preso. Não vai cometer crime no nosso estado achando que não tem fiscalização. Ele destruiu várias famílias por uma ação criminosa. Ele vai continuar preso.

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A investigação segue em andamento e novos exames periciais ainda serão realizados para complementar o inquérito policial.

Um grave acidente ocorrido por volta das 3h30 da madrugada deste sábado (21) na BR-116, próximo à zona rural de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, deixou pelo menos 39 mortos. Um ônibus da empresa EMTRAM, que havia saído do Terminal Tietê, em São Paulo, com destino a Vitória da Conquista, na Bahia, perdeu o controle após um pneu estourar e invadiu a pista contrária, colidindo frontalmente com uma carreta carregada de blocos de pedra. O impacto da batida fez com que o ônibus saísse da pista e pegasse fogo, carbonizando 25 corpos, o que dificulta o trabalho de identificação das vítimas. O motorista do ônibus morreu no local, e entre as vítimas fatais havia uma criança.

Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da perícia estiveram no local para resgatar vítimas e investigar as circunstâncias do acidente. Segundo informações da PMMG, o veículo teria invadido a contramão da BR-116, e colidido contra uma carreta carregada de blocos de pedras. Após a batida, o ônibus pegou fogo e saiu da pista, 13 pessoas saíram com vida do acidente e foram levadas para atendimento médico pelo Samu. Há possibilidade de que o número de mortos seja maior e, segundo a PRF, a maioria dos corpos foi carbonizada.

A BR-116 é conhecida como a rodovia mais fatal do Brasil. Em 2023, segundo a PRF, foram registradas 559 mortes ao longo da estrada, das quais 155 ocorreram em Minas Gerais. Um levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou o estado mineiro como o mais perigoso em termos de acidentes rodoviários, com 712 vítimas fatais entre novembro de 2022 e outubro de 2023, o que representa 12% de todas as mortes em rodovias do país.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou nas redes sociais que mobilizou as forças estaduais para dar suporte à operação de resgate e atendimento às vítimas. Aeronaves do governo foram disponibilizadas para auxiliar no transporte de equipes até o local. A empresa EMTRAM lamentou o ocorrido em nota oficial e declarou que desconhece as causas do acidente, mas se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

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