Motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo anunciaram que farão greve nesta sexta-feira (1º). A paralisação é um protesto contra o cancelamento do resultado das eleições do SindMotoristas (sindicato dos motoristas e trabalhadores dos ônibus de São Paulo) pela Justiça e foi convocada pela direção da entidade.
A paralisação não foi aprovada em câmara pela categoria. No último dia 21 de novembro, trabalhadores do sistema fecharam terminais em meio à eleição, na véspera do fecho da votação.
A placa 4 afirma que o TRT (Tribunal Regional do Trabalho), no processo que trata da suspensão das eleições, agendou e cancelou duas audiências de conciliação. A placa entende que o cancelamento do pleito desrespeita o regime da entidade e a Constituição federalista.
A suspensão do resultado da eleição atendeu a pedido de uma das chapas da disputa, o Grupo Oposição e Luta —contrária à atual direção. Segundo a apuração dos votos, a placa que representa a atual diretoria do sindicato, Resgate Raiz (placa 4), venceu a disputa com murado de 14 milénio dos 20 milénio votos.
Três das quatro chapas envolvidas na disputa haviam pedido o prorrogação da votação por três meses e a substituição das cédulas de papel por urnas eletrônicas. Já a placa 4 ressalta que o regime prevê que as eleições sejam realizadas com cédulas impressas.
O prorrogação havia sido revalidado em reunião da categoria no dia 20, mas a Justiça do Trabalho anulou a câmara e manteve a eleição. Diante dessa decisão, uma das chapas pediu liminar para suspender a votação.
O cancelamento da eleição foi confirmado em segunda instância pelo tribunal. Uma multa de R$ 50 milénio foi imposta a cada integrante da percentagem eleitoral e ao candidato que encabeça a placa 4, Edivaldo Santiago da Silva.
“A autonomia sindical não está sendo respeitada”, afirmou a placa 4 sindicato ao proteger a greve desta sexta.
O SindiMotoristas, por meio do presidente José Valdevan de Jesus Santos, afirma que não convocou greve ou protesto, que é realizada “pela extinta percentagem eleitoral” encabeçada pela placa 4.
“Qualquer paralisação no sistema de transporte urbano de São Paulo não terá a participação do SindMotoristas e será considerada exploração politica de uma placa de oposição que procura reptar o poder judiciário e obter vantagens indevidas explorando a boa fé da categoria profissional”, afirma.
Valdevan, também publicado porquê Noventa, foi reconduzido ao incumbência de presidente do sindicato no dia 10 de novembro por meio de uma decisão judicial. O restante da diretoria, porém, permaneceu nos cargos e é favorável à placa 4, que convocou a paralisação. O procuração desses diretores se encerra no dia 1º de dezembro.
Segundo Valdevan, medidas judiciais serão tomadas, incluindo o pedido de emprego da multa. O presidente diz ainda que, se insistirem em interferir no sistema de transporte, “será pedida a prisão dos responsáveis por esta paralisação ilícito e indevida”.
O SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) informa que desconhece motivos para paralisação de motoristas dos ônibus urbanos.
“E, se o motivo é pugna interna sindical e questões judiciais, o que a população usuária e as empresas têm a ver com esses problemas, para serem prejudicadas, tanto na operação porquê na mobilidade?”, questiona o sindicato patronal.
Além do fechamento de terminais, a eleição do sindicato dos motoristas foi marcada por um ataque a tiros, o roubo de uma urna e um poderoso sumptuosidade policial que acompanhou a apuração.
As eleições do SindMotoristas têm tido confusões nos últimos anos. Em 2013, no primeiro pleito do qual Valdevan Noventa saiu vencedor, um troada deixou oito pessoas feridas em frente à sede do sindicato —a troca de tiros ocorreu em seguida uma paralisação de ônibus no mesmo dia.
Em 2018, a descrição de votos ocorreu dentro do 11º Batalhão da PM, que fica a um quarteirão de intervalo da sede. Na ocasião, Noventa também foi eleito.