Muita resenha e sem novidades – Canto do Galo

Ele tem uma máxima entre os mineiros dando conta de que “falta de notícia é notícia boa”, já que informação ruim é sempre rápida. No caso nosso tem causado desconforto e até desconfiança sobre o que podemos esperar para a próxima temporada. Treinador e ampla reformulação é o desejo da Massa. Orçamento modesto é o discurso do diretor de futebol e dos donos do Galo.

Com isso, dominam nessas prosas – confesso e o leitor sabe que vivo o dia com essa pauta – as recentes declarações e reações ao sentimento do Atleticano. Estou, ainda que modestamente, exercendo esse papel ao assinar este espaço. Trago meu pensar para um bom debate com os Torcedores do Galo que tem neste espaço oportunidade de manifestar, contrapondo ou concordando, mas sempre querendo o melhor. Vitórias e títulos são o nosso ideal.

Com a indefinição do treinador, consequentemente, sobre quem sai e quem vem acaba prevalecendo essa incerteza do que podemos esperar para as competições da próxima temporada. Uma certeza eu tenho, a vida dura e a labuta me ensinaram, nosso Torcedor não abandona o barco. Ainda que puto e insatisfeito com os resultados. Diante disso, em que pese reconhecimento (já foi maior) aos investidores nas conquistas de 2021, tem uma realidade que eles precisam entender. Parece que, pelos ruídos ocorridos, que deitaram em berço esplêndido e exigem subserviência da Massa. Isso não existe em time de futebol. Nem no Galo e ou qualquer outro de Minas, do Brasil e do mundo.

Diante disso, é importante que aprendam a conviver com o contraditório, ainda fossem injustas – e não é o caso – as críticas e reclamações do Torcedor. Não tenho experiência nenhuma no mundo dos negócios, mas gerir um clube de futebol – com dez milhões de Torcedores apaixonados – é totalmente diferente de ter bilhões na Bolsa de Valores, emprestar dinheiro que os juros multiplicam a dívida do devedor e tampouco construir prédios populares para atender população de baixa renda. Como num programa de minha casa e vida. Isso sim, é lucro garantido.

Afinal, em todas essas atividades e muito diferente do que fazem para o trabalhador/torcedor, o governo sempre é parceiro indispensável ao sucesso desses investimentos. No futebol não, o público alvo é o torcedor, e nisso o Atleticano sempre se mostrou solidário e andou lado a lado com o time. Time e não jogador específico, menos ainda treinador e investidor. Torcemos pelo Galo e não por cifrões. A impressão que me fica desses últimos dias é uma estranha necessidade ou desejo de reconhecimento eterno. Não existe! Sonhamos foi com a glória eterna!

Sobre essa premissa de reconhecimento, inaplicável, diria acreditar que o Torcedor Atleticano – ou de qualquer outra agremiação – demonstre agradecimento e registre em aplausos seria pura inocência. Ainda mais depois do que foi dito e vale repetir sobre contratações, estádio, patamar e equilíbrio financeiro. Nada disso, ainda, é factível, então resta ao Atleticano que carrega o time nas costas o sagrado direito de cobrar, cobrar, cobrar. Falando por minha pessoa, se em algum momento da minha vida – pessoal ou profissional – tivesse sido contemplado com benesses de alguma pessoa, jamais esqueceria dessa ação. Portanto, não viraria as costas ao meu conveniente – ainda que de momento – em qualquer circunstância no futuro. E, fechando, se fizesse diferente não teria autoridade moral para esse tipo de cobrança. Sigamos!

Pós post: um amiGalo, que está entre aqueles que – decepcionados – admite o divórcio, me mandou mensagem dizendo que o título adequado seria “cobrar, cobrar, cobrar“.

*imagen: Atlético 1) Corrida da Arena; 2) divulgação