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A notícia de um suposto favorecimento no mundo do Carnaval deixou os presidentes das escolas de samba da Série Ouro inconformados neste domingo. Isso tudo porque Maricá, na Região Metropolitana do Rio, está sendo centro de uma polêmica sobre favorecimentos. Segundo uma matéria publicada pelo portal LeoDias, um acordo feito entre representantes da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), responsável pelo desfiles do Grupo Especial, e da LigaRJ, no comando da Série Ouro, teria garantido a entrada da escola União de Maricá no Grupo Especial em 2026.
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A vantagem teria sido articulada por Sandro Avelar, presidente da LigaRJ, e Capitão Guimarães, um dos principais contraventores do Rio. A diretoria de Carnaval da União de Maricá já estaria, inclusive, planejando a montagem de equipe, contando com a permanência de Leandro Vieira, o atual carnavalesco. A União de Maricá conta com apoio do deputado federal, vice-presidente do PT, e ex-prefeito da cidade, Washington Quaquá, conhecido por possui bom relacionamento com os padrinhos das escolas de samba. Uma reportagem da Veja, veiculada em junho do ano passado, aponta que o deputado e a prefeitura de Maricá investiram mais de R$ 8 milhões de dinheiro público na agremiação.

O assunto gerou repercussão entre nomes importantes que participaram do primeiro ensaio técnico na Avenida e não deixaram de se pronunciar sobre a polêmica. O presidente da União da Ilha do Governador, Ney Filardi, se revoltou e declarou que “não vai deixar que isso aconteça”.
— Eu seria hipócrita se não dissesse pra vocês o repúdio total às notícias que essa semana surgiram! Gente, eu não vou deixar que isso aconteça. Nós trabalhamos estamos trabalhando o ano todo o ano todo. Não adianta! Quer ganhar o Carnaval? Tem que ganhar aqui! — indagou.
Filardi ainda destacou que não tem inveja do dinheiro da escola, e apesar de não citar nomes, mandou um recado:
— Não invejo o dinheiro de vocês. Podem vir com alegoria banhada a ouro, fantasias cravejadas de diamantes, mas respeitem as 16 escolas! Eu não tenho procuração para falar por elas, mas tomo liberdade, respeitem para serem respeitados. Têm dinheiro? Enfia naquele lugar!.
Um dos anfitriões do evento, Heitor Fernandes, presidente da Em Cima da Hora, também não poupou as palavras e teceu críticas. Fernandes comparou a Unidos de Maricá com a própria escola, principalmente no que se refere a tempo de atuação. Por fim, ele cobrou um posicionamento do governador, prefeito e diretores.
— A Maricá campeã? Ela tem que ter 10% da idade da minha escola, 1% de samba antológico que teve a minha e não estou nem falando das outras. É só para ter noção. O Carnaval é aqui, é o Carnaval do povo. O povo é quem faz o Carnaval — defendeu.
Enquanto isso, Reginaldo Gomes, presidente do conselho fiscal da Inocentes de Belford Roxo, reforçou que o Carnaval não se trata de dinheiro e que “não existe ganhador de véspera”. Ele pontuou que não há folia sem história e um desfile que represente a cultura do Rio.
— Vai ter que suar muito para ganhar da Inocentes e das outras escolas que estão aqui. Se fosse só dinheiro, era só passar três carros fortes que ganhava, mas não é! Tem que passar gente, tem que passar mulheres bonitas, tem que passar o povo que gosta de samba, e tem que respeitar o samba, a história, a cultura, que representamos há muitos anos — declarou.
O portal LeoDias ainda menciona que Wilsinho Alves, diretor de Carnaval da Maricá, teria pedido a Capitão Guimarães para mediar a negociação com Leandro Vieira. O objetivo seria tirar o carnavalesco de vez da Imperatriz Leopoldinense para fechar com a escola. Na plenária realizada na semana passada, a presidente da gresiliense Cátia Drummond não teria escondido o incômodo ao descobrir as investidas.
Em nota oficial enviada ao GLOBO, A União de Maricá repudiou as acusações. “Desde a sua fundação, a União de Maricá sempre pautou sua trajetória pelo profissionalismo, ética e respeito ao maior espetáculo da Terra. Contamos com a dedicação de grandes profissionais e realizamos diariamente um trabalho sério e transparente, com o objetivo de entregar um desfile que corresponda às expectativas de nossos torcedores e do público em geral”, diz o pronunciamento.
“Reafirmamos o nosso compromisso com a justiça e a lisura no Carnaval, além do respeito a cada agremiação, em especial à Imperatriz Leopoldinense e ao Acadêmicos do Salgueiro, cujos profissionais, como o carnavalesco Leandro Vieira, o coreógrafo Patrick Carvalho e o diretor de carnaval Wilsinho Alves, também integram nossa equipe, contribuindo com seu talento e dedicação em jornada dupla para abrilhantar o nosso projeto. Ressaltamos ainda que o nosso foco está voltado exclusivamente na preparação para o Carnaval 2025. Nenhuma conversa para renovação ou não de qualquer profissional se dará antes do desfile do dia 28 de fevereiro”, completou.
Procurada, a LigaRj alegou que a escola já se pronunciou. A Liesa, por sua vez, afirma que não tem conhecimento sobre as acusações.
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